sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Nasa desmente 'fim do mundo' e alerta sobre suicídios


Cientistas rebatem rumores na internet; um deles diz receber cartas de crianças que cogitam se matar e menciona caso de pais que pensam em assassinar filhos por acreditar em rumores do apocalipse. Após receber uma enxurrada de cartas de pessoas seriamente preocupadas com teorias que preveem o fim do mundo no dia 21 de dezembro de 2012, a agência espacial americana (Nasa) resolveu 'desmentir' esses rumores na internet. Nesta quarta-feira (28), a Nasa fez uma conferência online com a participação de diversos cientistas. Além disso, também criou uma seção em seu website para desmentir que haja indícios de que um fim do mundo esteja próximo.
Segundo o astrobiologista David Morrison, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, muitas das cartas expondo preocupações com as teorias apocalípticas são enviadas por jovens e crianças. Alguns dizem até pensar em suicídio, de acordo com o cientista, que também mencionou um caso, reportado por um professor, de um casal que teria manifestado intenção de matar os filhos para que eles não presenciassem o apocalipse.'Estamos fazendo isso porque muitas pessoas escrevem para a Nasa pedindo uma resposta (sobre as teorias do fim do mundo). Em particular, estou preocupado com crianças que me escrevem dizendo que estão com medo, que não conseguem dormir, não conseguem comer. Algumas dizem que estão até pensando em suicídio', afirmou Morrison.
'Há um caso de um professor que disse que pais de seus alunos estariam planejando matar seus filhos para escapar desse apocalipse. O que é uma piada para muitos e um mistério para outros está preocupando de verdade algumas pessoas e por isso é importante que a Nasa responda a essas perguntas enviadas para nós.'
Calendário maia
Um desses rumores difundidos pela internet justifica a crença de que o mundo acabará no dia 21 dizendo que essa seria a última data do calendário da civilização maia.

Outro rumor tem origens em textos do escritor Zecharia Sitchi dos anos 1970. Segundo tais teorias, documentos da civilização Suméria, que povoou a Mesopotâmia, preveriam que um planeta se chocaria com a Terra. Alguns chamam esse planeta de Nibiru. Outros de Planeta X.
'A data para esse suposto choque estava inicialmente prevista para maio de 2003, mas como nada aconteceu, o dia foi mudado para dezembro de 2012, para coincidir com o fim de um ciclo no antigo calendário maia', diz o site da Nasa.
Sobre o fim do calendário maia, a Nasa esclarece que, da mesma forma que o tempo não para quando os 'calendários de cozinha' chegam ao fim, no dia 31 de dezembro, não há motivo para pensar que com o calendário maia seria diferente - 21 de dezembro de 2012 também seria apenas o fim de um ciclo.
A agência espacial americana enfatiza que não há evidências de que os planetas do sistema solar 'estejam se alinhando', como dizem algumas teorias, e diz que, mesmo que se isso ocorresse, os efeitos sobre a Terra seriam irrelevantes. Também esclarece que não há indícios de que uma tempestade solar possa ocorrer no final de 2012 e muito menos de que haja um planeta em rota de colisão com a Terra.
'Não há base para essas afirmações', diz. 'Se Nibiru ou o Planeta X fossem reais e estivessem se deslocando em direção à Terra para colidir com o planeta em 2012, astrônomos já estariam conseguindo observá-lo há pelo menos uma década e agora ele já estaria visível a olho nu', diz o site da Nasa.
Fonte: G1

Reserva de petróleo é encontrada no espaço


A 1.400 anos-luz da Terra, a Nebulosa Cabeça de Cavalo é uma grande reserva de "petróleo espacial". Uma reserva de petróleo foi detectada por astrônomos do Instituto Max Planck, da Alemanha. O grupo de cientistas identificou, pela primeira vez, moléculas interestelares de C3H+ no centro da nebulosa Cabeça de Cavalo. O C3H+ integra a família dos hidrocarbonetos - partículas fundamentais na composição do petróleo e do gás natural. 

De acordo com o estudo, publicado na revista Astronomy & Astrophysics, a nebulosa contém 200 vezes mais hidrocarbonetos do que a quantidade total de água na Terra. A reserva fica na constelação de Órion e está a cerca de 1.400 anos-luz de distância da Terra. Uma das explicações para os níveis “inesperadamente elevados” de hidrocarbonetos na nebulosa é a proximidade a uma estrela maciça, que brilha intensamente na região. 

De acordo com a pesquisa, o “petróleo espacial” surge da fragmentação de moléculas gigantes, os chamados PAHs (hidrocarbonos policíclicos aromáticos). Essas grandes partículas sofrem erosão com a radiação ultravioleta e se desintegram, criando uma grande quantidade de pequenos hidrocarbonetos.

Por ser visível nos céus noturnos, a nebulosa é um dos objetos mais fotografados do Cosmos. A equipe fez um estudo químico completo da Nebulosa Cabeça do Cavalo, usando um radiotelescópio de 30 metros do Instituto de Radioastronomia Milimétrica, na Espanha.

A descoberta confirma que a região é uma espécie de refinaria cósmica e pode ajudar a entender se esse tipo de óleo é realmente um composto fóssil ou tem origem mineral. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Lago na Antártida pode guardar 'segredo' de vida alienígena


Descoberta de micróbios isolados há 2 mil anos foi feita em águas geladas. Cientistas descobriram micróbios que sobrevivem em condições de alta salinidade e temperaturas abaixo de zero em um lago na Antártida, algo que dá indícios de que pode existir vida em luas congeladas do Sistema Solar.
Foram encontrados micróbios que viviam em um ambiente escuro, em temperaturas de até -13º C.
Além disso, eles afirmam que as formas de vida estão isoladas do resto do mundo há 2,8 mil anos.
Detalhes desta pesquisa foram publicados pela revista científica PNAS.
"É plausível que uma fonte de energia para essas formas de vida exista apenas devido à reação química entre a água salgada e as pedras", afirma Christian Fritsen, do Instituto de Pesquisas em Desertos (DRI, na sigla em inglês), dos EUA, que é coautor do estudo.
Alison Murray, líder das pesquisas, diz que se esta hipótese estiver correta, cria-se "uma estrutura completamente nova de pensamento sobre como a vida pode estar apoiada em crio-ecossistemas na Terra e em outros mundos frios do Universo".
A lua Europa, do planeta Júpiter, é um dos lugares que cientistas acreditam que pode ter condições semelhantes para que esse tipo de vida se desenvolva.
Vida em luas
O Lago Vida, o maior da região dos vales secos de McMurdo, na Antártida, não possui oxigênio, é ácido, congelado e tem os mais altos níveis de óxido nitroso do mundo.
Um líquido seis vezes mais salgado do que a água marinha permeia todo o ambiente.
Durante visitas a campo em 2005 e 2010, Alison Murray liderou um trabalho de perfuração, que retirou gelo do lago, coletou amostras do líquido salgado e analisou o potencial da água de hospedar organismos vivos.
Para evitar contaminações ao isolado ecossistema, eles adotaram procedimentos controlados e equipamentos especiais, trabalhando em tendas esterilizadas na superfície do lago.
A abundância de diferentes compostos químicos presentes no lago levou os cientistas a concluir que reações químicas estavam acontecendo entre a camada de líquido e os sedimentos mais profundos - produzindo óxido nitroso e hidrogênio molecular.
O hidrogênio pode ser a fonte de energia que alimenta os micróbios presentes no líquido salgado. Além disso, o baixo ritmo do metabolismo desta forma de vida faz com que as reservas de energia durem bastante tempo.
Para Cynan Ellis-Evans, do programa de pesquisas British Antarctic Survey (BAS), que não participou desta pesquisa específica, a descoberta de micróbios nesses lagos tão remotos é "muito interessante".
O pesquisador cita indícios recém-descobertos de que bolsões de gelo e água possam existir na lua Europa, com condições parecidas aos encontrados no estudo na Antártida. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 
Fonte: Estadão

Detectada no Chile maior emissão de energia de um buraco negro

Telescópios no Observatório Europeu Austral, norte do Chile

Astrônomos americanos detectaram a maior emissão de energia de um buraco negro captada até hoje, com a utilização do potente telescópio VTL (Very Large Telescope), do observatório Paranal, no norte do Chile, informou em um comunicado o Observatório Europeu Austral (ESO), nesta quarta-feira. 
A poderosa emissão de energia, ao menos cinco vezes maior da que os astrônomos tinham conhecimento até agora, partiu de um quasar, centro luminoso de uma galáxia ativado por buracos negros supermaciços, segundo a nota da ESO.
"Descobrimos a ejeção de quasar mais energética conhecida até o momento. A velocidade com que esta energia é liberada é equivalente a dois milhões de vezes a potência que emana do Sol", informou Nahum Arav, um dos astrônomos autores do estudo. Os quasares liberam grandes quantidades de material para suas galáxias anfitriãs, o que desempenha um papel muito importante na evolução galáctica, segundo a ESO.
A descoberta destas potentes ejeções ajudará também a revelar outras teorias, inclusive "como a massa de uma galáxia está associada à massa de um buraco negro central, e porque há tão poucas galáxias grandes no universo", sustentou o informe da ESO.
Os especialistas fizeram a descoberta graças à utilização do Very Large Telescope, que com dez anos de funcionamento, é considerado o telescópio óptico mais avançado do mundo.
O VLT está localizado em Paranal, um potente observatório operado pela ESO que está situado a 2.600 metros de altitude, perto da cidade de Antofagasta (1.361 km ao norte de Santiago).
Fonte: Yahoo

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A 28 dias do "fim do mundo": saiba quando a vida quase acabou

Do ponto de vista científico, o apocalipse ainda vai demorar
Foto: AFP

Profecias que previam o fim do mundo não são novidade. Se dependesse dos falsários, a vida no planeta já teria acabado há muito tempo. Mas, e no passado, já estivemos perto de um "apocalipse" para os seres vivos?
Segundo estudos, cerca de 99% das espécies que habitaram o planeta desapareceram da Terra. Em alguns momentos, a extinção foi generalizada, atingindo a maior parte dos seres viso - são as extinções em massa, quando a vida foi ameaçada na terceira rocha do Sistema Solar.
Conheça a seguir cinco momentos em que a vida quase acabou no planeta.
Fonte: Terra

sábado, 24 de novembro de 2012

Pesquisadores encontram raro fóssil de rinoceronte na Turquia

O fóssil, encontrado na Turquia, é de um rinoceronte grande, de dois chifres, comum na região durante esse período 
Foto: Pierre-Olivier Antoine/Divulgação

Menos de 2% dos fósseis da Terra são preservados em rochas vulcânicas, mas os investigadores identificaram um novo: o crânio de um rinoceronte que morreu em uma erupção vulcânica 9.200 mil anos atrás. A descoberta é descrita em um artigo publicado na revista PLoS ONE por Pierre-Olivier Antoine e seus colegas da Universidade de Montpellier, França.
O fóssil, encontrado na Turquia, é de um rinoceronte grande,de dois chifres, comum na região do Mediterrâneo Oriental durante esse período. De acordo com os investigadores, as características do crânio preservado sugerem que o animal foi "preparado na morte", a temperaturas que podem se aproximaram de 500°C, em uma erupção semelhante a do Monte Vesúvio na Itália, em 79 d.C.
A morte foi quase instantânea, "o corpo foi cozido a uma temperatura de 400°C, em seguida, o crânio foi separado do corpo". O fluxo de cinzas vulcânicas, em seguida, mudou-se o crânio de cerca de 30 km a norte do local de erupção, onde foi descoberto pela equipe de quatro membros de pesquisa.
Embora outros pesquisadores já tenham identificado fósseis de organismos de corpo mole preservados em cinzas vulcânicas, matéria orgânica perto de uma erupção vulcânica ativa é normalmente rapidamente destruída pelas altas temperaturas, fazendo um fóssil como este extremamente raro.
Fonte: Portal Terra

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Animal que vive sem água pode ajudar no estudo de vacinas e DNA

O tardigrada é um filo que pertence à categoria dos animais invertebrados. Seu tamanho varia de menos de 0,1 mm até 1,5 mm, embora a grande maioria não ultrapasse 0,5 mm
Foto: BBC/Reprodução

Alguns organismos têm uma admirável habilidade de sobreviver próximo a uma desidratação, sem nenhum consumo de água. Um dos principais animais microscópicos que podem servir de exemplo e inspiração para os cientistas é o tardigrada, ou "urso d'água". Ele vive em ambientes úmidos dos mais diversos tipos, como o fundo do mar, picos de montanhas, de musgos e algas até a areia da praia, e é capaz de viver anos sem uma gota de água.
"Eles vivem na água e quando o local seca, eles secam também", afirma John Crowe, biólogo da Universidade da Califórnia que estuda anidrobioses (suspensão temporária de organismos vitais para superar uma desidratação) por quatro décadas. De acordo com a BBC, porém, eles não morrem. Permanecem encolhidos, hibernando por décadas, e quando se reidratam, voltam à vida normal.
Essas incríveis ressurreições tão interessantes e curiosas inspiraram cientistas a copiarem os "truques" dessas criaturas para preservar componentes importantes no salvamento da vida, como vacinas, DNA e células-tronco. Os pesquisadores esperam aumentar a vida dessas substâncias de dias para meses ou até mesmo anos, transformando a medicina em qualquer lugar do mundo.
No início da carreira profissional, Crowe se inspirou nos ursos d'água e sua capacidade de desidratação. "Comecei todo esse negócio com uma curiosidade - como eles fazem isso?", conta. "Humanos não podem fazer o mesmo", afirma. Realmente, quando nossas células secam, elas encolhem e murcham. As proteínas no interior das células se unem em grupos e as membranas se fundem, causando danos irreversíveis. Na desidratação, as células geralmente se desintegram completamente.
O tardigrada é um filo que pertence à categoria dos animais invertebrados. Existem centenas de espécies conhecidas de ursos d'água (nome popular dos tardigradas, que também podem ser chamados de tartígrados), mas todas elas têm características semelhantes. Seu tamanho varia de menos de 0,1 mm até 1,5 mm, embora a grande maioria não ultrapasse 0,5 mm. Esses bichos exóticos podem se alimentar de fluidos de plantas, bactérias, células animais, fungos e, quem sabe, até mesmo de companheiros da mesma espécie.
Fonte: Portal Terra

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O que é herpes?


É uma doença de pele bastante comum provocada pelo Herpes Simplex Vírus (HSV). Ele se divide em dois tipos, 1 e 2, passando de pessoa para pessoa pelo contato físico. O HSV-1 geralmente se manifesta em feridas no rosto e na região labial. Já o HSV-2 é mais comum nas áreas genitais. Como o herpes não tem cura, quem tem a doença do tipo 2 precisa sempre usar preservativos nas relações sexuais para evitar transmitir a doença para outras pessoas. "Uma vez contraído, o vírus permanece latente (sem se manifestar) por toda a vida do indivíduo", afirma o virologista Antônio Carlos Misiara, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Esporadicamente, porém, o HSV volta a dar as caras, criando outras feridas que duram, em média, uma semana para desaparecer. Com a aplicação de medicamentos adequados, que aceleram o processo de cicatrização, esses novos períodos de manifestação da doença podem cair para três dias. Existe um outro vírus, chamado Varicela Zoster, que é uma espécie de parente do HSV.
Ele causa uma doença popularmente conhecida como catapora. Apesar de ter estrutura genética semelhante à do Herpes Simplex, ele se diferencia pela forma de contágio e pela maneira como se manifesta. O Zoster é contraído pelo ar (e não apenas por contato físico), espalha-se pela corrente sanguínea e provoca feridinhas no corpo todo. A catapora só se manifesta uma vez, mas o vírus também fica escondido no organismo da pessoa. Uma forte queda no sistema imunológico (que combate as doenças) pode reativá-lo. Porém, essa segunda manifestação não é mais em forma de catapora e sim de uma doença chamada de herpes-zoster, que tem conseqüências mais graves que o herpes dos tipos 1 e 2. Ela ataca os nervos sensitivos do corpo, causando feridas na pele que acompanham a extensão desses nervos e provocando fortes dores.
Esconde-escondeO vírus da doença se aloja no organismo e só aparece de tempos em tempos
1. O Herpes Simplex Vírus (HSV), seja do tipo 1 ou 2, é transmitido pelo contato entre as mucosas das pessoas, como na boca ou na genitália. Ele causa feridas na pele por cerca de sete dias
2. Em seguida, as feridas desaparecem, mas isso não quer dizer que o vírus foi embora. Ele simplesmente penetra nas células de alguns nervos sensitivos da região afetada
3. O vírus, então, percorre todo o nervo sensitivo até chegar a um gânglio, uma pequena massa de células formada no trajeto desse nervo. Lá, o HSV fica escondido por um tempo indeterminado, sem que a pessoa manifeste a doença
4. Uma queda no sistema imunológico ou um alto nível de estresse (físico ou emocional) podem reativar o vírus. Nesse caso, o HSV sai do gânglio onde estava alojado e percorre o caminho de volta, subindo pelo nervo até chegar à pele, onde provoca feridas novamente

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Transplante de célula de focinho faz cão voltar a andar

Cirurgia recuperou os movimentos das patas
traseiras dos cães (Foto: BBC)

Técnica pode ajudar humanos a recuperar movimentos após lesão na medula. Cientistas da Universidade de Cambridge conseguiram reverter a paralisia em cachorros, após injetar células retiradas do focinho dos animais.
De acordo com os pesquisadores, as descobertas mostram, pela primeira vez, que transplantando este tipo de células em uma medula muito lesionada pode trazer melhoras significativas e abre novas possibilidades.
"Acreditamos que a técnica pode vir a ser usada para recuperar parte dos movimentos em pacientes humanos com lesões na medula vertebral, mas há um longo caminho a percorrer até podermos afirmar que eles serão capazes de recuperar todos os movimentos perdidos", diz o biólogo, Robin Franklin que participou da pesquisa.
O estudo foi financiado pelo Conselho Médico de Pesquisa (MRC, na sigla em inglês) da Grã-Bretanha e publicado no jornal científico "Brain".
A pesquisa é a primeira a testar transplantes em animais com lesões sofridas na vida real, ao invés de usar cobaias de laboratório.
Em uma parceria do Centro de Medicina Regenerativa do MRC e a Escola de Veterinária de Cambridge, os cientistas retiraram amostras de células olfativas do focinho dos cães e as cultivaram em laboratório durante várias semanas.
Os 34 cachorros que participaram da pesquisa haviam sofrido lesões na coluna que os impediam de usar as patas traseiras.
Em 23 dos cães, foram injetadas células olfativas na coluna; nos outros 11, o chamado grupo controle, foi usada uma solução aquosa neutra, sem nenhum efeito, para ser usado como termo de comparação.
Enquanto muitos dos cachorros que receberam o transplante de células apresentaram melhoras significativas e voltaram a andar, nenhum dos caninos do grupo de controle apresentou movimento nas patas traseiras.
Porque o nariz?
Após chegar a idade adulta, o nariz é a única parte do corpo em que terminações nervosas continuam a crescer.

As células foram retiradas da parte posterior da fossa nasal. São células especiais que rodeiam os neurônios receptores que nos permitem sentir cheiros e convergir estes sinais para o cérebro.
Os cientistas dizem que as células transplantadas regeneraram fibras na região lesionada da medula. Isto possibilitou que cachorros voltassem a usar as suas patas traseiras e coordenar o movimento com as patas da frente.
Em humanos, o procedimento poderia ser usado em combinação com outras drogas para promover a regeneração da fibra nervosa e substituir tecidos lesionados.
Geoffrey Raisman, o especialista em regeneração neurológica da University College London, descobriu em 1985 este tipo de célula olfativa, que foi usada na pesquisa de agora.
Ele avalia que este foi o maior avanço dos últimos anos na área, mas diz que não é a cura para lesões de medula. "O procedimento permitiu que um cachorro lesionado voltasse a usar suas pernas traseiras, mas as diversas outras funções perdidas em uma lesão de medula, como uso da mão, controle da bexiga e regulação de temperatura, por exemplo, são mais complicados e ainda estão muito distantes".
Na pesquisa, as novas conexões não ocorreram em longas distâncias, necessárias para conectar o cérebro a medula. Os pesquisadores do MRC disseram que em humanos isto seria vital para pacientes com lesões na medula, que perderam funções sexuais e o controle da bexiga e do intestino.
Entre os cães com história de sucesso, está Jasper, um bassê, de dez anos de idade. "Antes do tratamento, nós usávamos um carrinho de rodas porque as suas patas traseiras eram inúteis, mas agora ele corre pela casa e no jardim e acompanha os outros cachorro, é maravilhoso", comemorou sua dona, May Hay.
Fonte: G1

Por que sentimos frio na barriga em descidas?


Trata-se de uma reação involuntária, causada pela impressão de imponderabilidade (estar frente ao desconhecido e ao imprevisível) ou de falta de peso causada pela inércia dos órgãos abdominais, que não são corpos rígidos e têm certa mobilidade. "Os órgãos possuem células nervosas chamadas mecanoreceptores, que detectam mudanças bruscas de aceleração, causadas basicamente por aumento ou redução na ação da gravidade", afirma o fisiologista Gilberto Xavier, da USP. Assim quando deslizamos, por exemplo, dentro de um carrinho montanha-russa abaixo, a queda é tão brusca que não há tempo para os órgãos se adaptarem à nova condição - ou seja, descemos, mas nossas vísceras como que permanecem no mesmo lugar onde estavam.
Essa náusea instantânea ocorre também nas subidas e é acentuada por uma inspiração profunda involuntária - reflexo condicionado que ocorre sempre que nos sentimos diante de algum perigo iminente. Durante a queda ou a subida, a concentração de átomos eletricamente carregados dentro das células muda rapidamente, devido a uma mudança estrutural na membrana. A mensagem elétrica é, então, enviada para o cérebro, que processa a informação e a transforma no sintomático frio na barriga.

domingo, 18 de novembro de 2012

Indo aonde ninguém jamais foi

Pesquisadores brasileiros preparam a primeira missão de exploração espacial do país, cujo plano ambicioso é lançar, em 2017, a sonda Áster e fazê-la orbitar um asteroide triplo dois anos depois. A missão Áster é o tema de capa da CH de novembro.
Por: Elbert Macau, Othon Winter, Haroldo de Campos Velho e Alexander Sukhanov
A missão Áster se apoia nos valiosos desenvolvimentos tecnológicos sobre satélites espaciais que o Brasil acumulou nos últimos 30 anos. O país terá a chance de colocar em prática esse amplo conhecimento. (foto: T. Pyle/ Nasa JPL-Caltech)
Áster deverá ser a primeira missão brasileira de exploração espacial. Sua meta é ambiciosa: orbitar um asteroide triplo e descer no maior deles. Batizado 2001-SN263, esse sistema é formado por um objeto central (2,8 km de diâmetro) e outros dois menores (1,1 km e 0,4 km de diâmetro) – os dois últimos descrevem órbitas em volta do corpo central.
O 2001-SN263 dá uma volta em torno do Sol a cada 2,8 anos, em trajetória que vai de uma região além da órbita de Marte (a meio caminho de Júpiter) até perto da Terra. O plano da missão Áster é lançar a sonda em 2017 e entrar em órbita do sistema de asteroides dois anos depois.
A missão se apoia nos valiosos desenvolvimentos tecnológicos que, ao longo dos últimos 30 anos, o Brasil acumulou sobre satélites espaciais. O país tem agora a chance de testar em voo esse amplo conhecimento, produto do esforço e da dedicação de décadas de muitos especialistas.
A missão Áster visa não só fazer avançar a ciência, mas também incrementar tecnologias capazes de gerar subprodutos que possam trazer riqueza e bem-estar para a sociedade
A missão Áster visa não só fazer avançar a ciência, mas também incrementar, no país, tecnologias sensíveis capazes de permitir outras missões espaciais de igual complexidade e (principalmente) de gerar subprodutos que possam trazer riqueza e bem-estar para a sociedade.
Essa iniciativa arrojada deverá esquentar seguramente o debate sobre a questão espacial no Brasil, colocando o Programa Espacial Brasileiro na ordem do dia, como política de estado prioritária, compatível com a vocação espacial do país e com sua atual posição geopolítica e econômica no cenário global.


Fósseis e remanescentes

Entre os asteroides, há aqueles que se formaram a partir da nuvem primitiva que deu origem ao sistema solar e não mais sofreram processos radicais que os modificassem. Outros são os remanescentes do processo de colisão entre objetos maiores.
Os primeiros são verdadeiros ‘fósseis’, pois nos permitem conhecer a composição e a distribuição dos elementos que estavam presentes na nuvem primitiva. Os segundos revelam pistas preciosas sobre os mecanismos que levaram à formação dos objetos maiores de nosso sistema solar.
Centenas de milhares de asteroides já foram identificados, e os principais dados de suas órbitas catalogados. A grande maioria deles tem extensão na casa das centenas de metros. Estima-se que haja mais de 1 milhão deles maiores que 1 km – alguns com centenas de quilômetros.
Grande parte dos asteroides se distribui na região entre as órbitas de Marte e Júpiter. Mas vários têm trajetórias que se aproximam da órbita da Terra: são os objetos próximos da Terra ou OPTs.


Surpresas: duplos e triplos

Surpreendentemente, em 1994, descobriu-se que o asteroide Ida tinha um satélite, sendo, portanto, um sistema binário – até então, pensava-se nos asteroides como corpos solitários.
Nos anos seguintes, dezenas de outros binários foram descobertos. Em 2005, outra surpresa: Sylvia, um asteroide com dois satélites. Hoje, é conhecida cerca de uma dezena desses sistemas triplos.
Nosso interesse recai sobre o 2001-SN263, OPT descoberto em 2001 e que somente em 2008 foi identificado como sendo um sistema triplo. Em 2019, chegará a cerca de 150 milhões de km da Terra, a mesma distância que separa o Sol de nosso planeta.

Duas imagens do sistema triplo 2001-SN263, reproduzidas a partir de dados obtidos pelo radiotelescópio de Arecibo, Porto Rico, em fevereiro de 2008. (imagens: Radiotelescópio Arecibo)
O 2001-SN263 é o alvo da missão Áster, que pretende não só colher dados sobre a formação desse sistema triplo, mas também pousar na superfície de seu objeto principal.
É uma missão ousada. Poucas nações fizeram algo similar. Apenas três sondas espaciais foram enviadas para explorar asteroides: i) em 2000, a norte-americana Near-Shoemaker pousou no asteroide Eros; ii) três anos depois, a japonesa Hayabusa enviou imagens e coletou material do asteroide Itokawa; iii) lançada em 2007, a sonda Dawn, da Nasa (agência espacial norte-americana), visitou o asteroide Vesta em 2012.
No entanto, a Áster – igualmente uma missão de espaço profundo – será a primeira a ter como alvo um sistema triplo. E, diferentemente do Eros, Itokawa e Vesta, o 2001-SN263 tem características de um meteorito primitivo – portanto, pode conter material orgânico, tema sempre relevante para o estudo da vida.

sábado, 17 de novembro de 2012

Combinação de Cigarro e Café pela Manhã


Para muitas pessoas é um ritual cotidiano. Elas afirmam que o cigarro e o café de manhã "têm sabor de glória". No entanto, os efeitos de consumir cafeína e nicotina no início do dia, são muito diferentes do que se acredita.

Em algumas pessoas a dependência à cafeína é tão forte que, ao consumi-la, elas não obtêm um benefício real com a primeira xícara de café, mas voltam a seus níveis básicos de alerta, segundo um estudo da Universidade de Bristol (UB) no Reino Unido.

"Parte da excitação prazerosa causada pela cafeína, consumida no começo da manhã, poderia provir do leve aumento da ansiedade que provoca", assinalou Peter Rogers, do departamento de psicologia experimental da UB.

Quem fuma imediatamente ao se levantar mostra níveis mais altos de nicotina em relação aos que esperam até o café da manhã para acender um cigarro, correndo assim mais risco de câncer de pulmão, segundo um estudo da Universidade de Penn State (EUA).

"Não sei começar o dia sem tomar uma xícara de café. Ela ‘recarrega minhas pilhas’ de manhã e seu aroma já começa a meestimular. Me aviva e levanta o ânimo. É a primeira coisa que faço, e não poderia passar sem tomá-la", diz Luis, um bancário de meia idade.

Ester, uma jovem profissional da publicidade que mantém um intenso ritmo de vida durante o dia todo, dorme com seu maço de cigarros na mesinha de cabeceira e acende um pouco depois de o despertador tocar. "O cigarro me inicia, o corpo pede. Preciso dele para começar a funcionar", afirma.

Para muitas pessoas, fumar e tomar café de manhã são atos quase reflexos, que consideram estimulantes e necessários. No entanto, as pesquisas nem sempre aprovam os supostos efeitos destas substâncias.

Ao contrário do que se acredita, o primeiro café realmente não nos aviva tanto como percebemos. A dependência à cafeína é tão forte que seus consumidores não obtêm um benefício real com a primeira xícara de café, segundo um estudo britânico.

Ao pesquisar 379 adultos com um consumo nulo/leve ou médio/alto de cafeína e quem não a tomou durante 16 horas, os pesquisadores da Universidade de Bristol comprovaram que os “viciados em café” desenvolvem uma tolerância aos efeitos estimulantes da cafeína, por isso que a substância só os devolve a seus níveis básicos de alerta, mas não os eleva.

A primeira xícara

"Embora os consumidores frequentes se sintam despertados ao ingerir a cafeína de manhã, essa sensação na realidade consiste em uma inversão dos efeitos fatigantes da abstinência aguda", segundo os psicólogos.

Então, o verdadeiro estímulo que os consumidores de café percebem, chegaria com a segunda xícara da manhã? Os pesquisadores ainda não o averiguaram, mas o que se sabe é que "parte da prazerosa excitação causada pela cafeína, poderia provir do leve aumento da ansiedade que provoca", assinalou Peter Rogers, do departamento de psicologia experimental de Bristol e diretor da pesquisa.

De acordo com outro trabalho, o cigarro pela manhã é o mais nocivo de todos os fumados durante o dia. As pessoas que costumam fumar imediatamente ao se levantar mostram níveis mais altos de nicotina que quem espera até o café da manhã para acender um cigarro, de acordo com um estudo de cientistas da Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, que mediram os níveis de um subproduto nicotínico que reflete o risco de desenvolver um câncer pulmonar.

Por outro lado, as pessoas que costumam esperar para fumar meia hora depois de levantar mostram níveis mais baixos desta substância química denominada cotinina, independentemente do número de cigarros fumados.

"Quem fuma ao se levantar, uma conduta classificada como de alta dependência, deve usar estratégias mais intensivas que outros fumantes para deixar o hábito de forma sustentada ou permanente", assegurou o professor Joshua Muscat, que dirigiu o estudo.

Segundo os pesquisadores, o aumento do risco de câncer não se deve ao fato de consumir um cigarro na primeira meia hora do dia, mas sim porque este comportamento mostra que quem precisa fumar logo ao começar o dia apresenta uma forte dependência psicológica e física do tabaco e fuma mais cigarros.

Desirée: uma nova droga que preocupa autoridades


Polícia Militar do Rio de Janeiro já apreendeu mais de 2,7 mil pedras de zirrê (total de 1,2 kg), segundo o tenente-coronel Antonio Jorge Goulart, chefe da coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar.

A nova droga é uma mistura de maconha e crack e pode ser conhecida como desirée, zirrê, craconha ou criptonita e pontecializa o efeito de ambas as drogas de que é feita.

De acordo com profissionais do Nepad, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas, a zirrê é a porta de entrada para adoslescentes começarem a usar crack, "Os adolescentes raramente vão direto para a pedra de crack. Primeiro, começam com a desirré", revelou a psicóloga Érica Canarim ao G1.

Na terça-feira (13), três traficantes foram presos e diversas drogas apreendidas na comunidade Ficap, em Jardim América, na Zona Norte do Rio, durante uma operação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). 

Segundo a Dcod, os agentes foram até uma casa na Rua Phidias Távora, após investigações apontarem que ali funcionaria a central de distribuição de drogas da comunidade. No local, foram presos o gerente geral do tráfico da região, André de Queiroz Araújo, de 29 anos, além de Dargilan Nascimento de Lira, de 24, e Rafael do Nascimento, de 28.

Na residência, foram apreendidos 450 sacolés de maconha e seis tabletes da droga prensada, 400 sacolés e quatro pedras brutas de crack, 18 frascos de cheirinho da loló e 450 sacolés de cocaína. Além de 450 sacolés da droga desirée.

A delegada Valéria Aragão, titular da Dcod, explicou que os usuários queimam e aspiram o crack para depois fumar a maconha. Essa prática prolonga o efeito dos entorpecentes no organismo. No local, ainda foram apreendidas mais de mil munições de diversos calibres e três réplicas de fuzil.

Os três presos foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse de munição de uso restrito. Segundo a polícia, a droga era distribuída para as comunidades de Furquim Mendes e Dique.

Informações de O Globo e G1

Como são feitos os pontos cirúrgicos?

por Tiago Jokura

Os pontos cirúrgicos, na maioria das vezes, são feitos à moda antiga: com agulha e linha. "Os pontos - ou suturas - servem para aproximar as bordas de ferimentos provocados por objetos cortantes em cirurgias ou acidentes", diz Dulce Martins, cirurgiã plástica da Unifesp. Essa junção das bordas facilita a cicatrização e a regeneração dos tecidos cortados. Na maioria dos casos, costurar com linha e agulha é a melhor opção. As linhas podem ser feitas com material de origem animal e vegetal (como colágeno do intestino bovino, seda e algodão), com fios de aço ou materiais sintéticos (náilon e poliéster, por exemplo). O tipo e a espessura de linha ideal para fechar um ferimento dependem da profundidade do corte e do tecido atingido. Na Antiguidade, egípcios, indianos, gregos e romanos usavam desde fibras de plantas e fios de cabelo até garras de formiga para fechar cortes. Os pontos mais antigos conhecidos estão em uma múmia com mais de 3 mil anos. Do início da era cristã até o século 19, quase nada mudou. A inovação mais recente são os fios sintéticos, da década de 1930. :-O

Ligue os pontosLinha e agulha fecham desde partos cesáreos até órgãos internos e vasos sanguíneos
1. Para aplicar pontos, o porta-agulha, parecido com uma tesoura, prende a agulha em forma de anzol. Ela tem de 0,001 a 0,8 milímetro de espessura, dependendo do diâmetro do fio cirúrgico
2. A costura começa com a agulha entrando pela pele para ligar as paredes na parte mais profunda do corte. Em seguida, o fio é puxado de volta para a superfície para fechar o nó
3. O porta-agulha ajuda a fazer o nó e fechar o ponto. Aí, é só cortar as pontas com a tesoura e esperar a pele cicatrizar. É importante que não sobrem espaços vazios no corte, para evitar infecções
4. Quando o tecido "emendado" superficial está recuperado, é hora de tirar os pontos com pinça e tesoura. Os fios absorvíveis, usados em órgãos e vasos sanguíneos, dispensam essa etapa
Material escolarCola em bastão e grampeador também estão nas mesas de cirurgia para fechar cortes
GRAMPO
MATERIAL - Pode ser um plástico absorvível ou de aço inoxidável e titânio, não absorvíveis
APLICAÇÃO - Funcionam bem em regiões espessas e com movimentos constantes, como a barriga, e para órgãos ocos, como o intestino. São feitos com um grampeador
VANTAGENS - Aplicação rápida e mais força para juntar os tecidos
DESVANTAGENS - Alto custo e cicatrização mais grosseira. Só os grampos superficiais são retirados
COLA
MATERIAL - A cola orgânica é feita de fibrinogênio, uma proteína bovina, misturado com veneno de cobras. A sintética é similar ao Super Bonder
APLICAÇÃO - A orgânica é mais usada para cortes na pele, e a sintética vai melhor em órgãos sólidos, como baço e fígado
VANTAGENS - Aplicação rápida, formação de película que "barra" microorganismos, cicatrização mais discreta e remoção natural
DESVANTAGENS - É cara e não funciona em tecidos grossos

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Jovem cria exame de câncer no pâncreas 168 vezes mais rápido


Garoto de 15 anos arranja solução por uma fração do preço atual — 3 centavos de dólar contra US$ 800. Aos 15 anos, o americano Jack Andraka está US$ 100 mil mais rico. E isso é o fato menos interessante na vida dele. A grana veio dos prêmios que ele venceu, incluindo o primeiro lugar no Gordon E. Moore Award, feira de ciências da Intel que avalia projetos de jovens estudantes do mundo. Os reconhecimentos foram pela maneira revolucionária de diagnosticar câncer de pâncreas criada pelo garoto. O método também funciona para a doença no ovário e pulmão.

Jack combinou papel-filtro com nanotubos de carbono. Com a mistura, é possível identificar a presença de mesotelina, proteína presente em pacientes com essas doenças. A detecção é 168 vezes mais rápida do que a atual, tem sensibilidade 400 vezes maior e seu custo é uma fração mínima do preço atual — 
US$ 0,03 contra US$ 800. Ou seja, o atual é 26 mil vezes mais caro. “O mais importante do método é ajudar a identificar a doença quando há mais chance de cura”, disse o prodígio a GALILEU.

O desejo de estudar novas maneiras para diagnóstico de câncer surgiu quando o tio de Jack morreu por conta da doença no pâncreas. A taxa de sobrevivência nesses casos é baixíssima: 6% dos diagnosticados sobrevivem após 5 anos. Famosos como Steve Jobs e o ator Patrick Swayze morreram devido à doença.

Para chegar à solução, Jack precisou suar. Depois de desenvolver o método na teoria, estudando em casa, era preciso testá-lo em laboratório. Jack enviou, então, 200 e-mails pedindo apoio de pesquisadores, e só obteve recusas e silêncio. Até que Anirban Maitra, professor de oncologia na Universidade Johns Hopkins, cedeu o espaço e virou tutor do garoto.

A rotina de Jack então mudou: saindo do colégio, passava as tardes pesquisando sobre câncer no laboratório e criando a nova forma de detecção, em fase de patente. Com adaptações, ela também poderia ser usada no diagnóstico de Aids e salmonela, ajudando a salvar milhares de vidas. Missão honrosa para um garoto de 15 anos. “Só quero ter certeza de que essa invenção vai ajudar as pessoas.”

Avanços científicos podem tornar seu trabalho um inferno

O seu corpo é um templo que seu chefe quer reformar
 //Crédito: Divulgação

Relatório aponta para os riscos que o chamado “aprimoramento humano” podem trazer para o futuro do trabalhador. Criticar a tecnologia hoje é como blasfemar contra a palavra de Cristo na Inquisição. Mas, como hoje ninguém vai parar na fogueira, dá pra refletir um pouco sobre o lado ruim dos avanços tecnológicos. Um grupo de entidades humanitárias e científicas do Reino Unido se reuniu exatamente pra isso, focando em uma parte específica da tecnologia: o aprimoramento humano. E a conclusão deles é a seguinte: isso só servirá para você trabalhar mais e mais e mais. Não importa sob quais condições. 

Aprimoramento humano é um nome vago para definir tudo aquilo que faz o homem ir além de suas capacidades normais. Um óculos, uma muleta. Isso, a princípio, é ótimo, mas os médicos e especialistas em ética britânicos desconfiam que o homem - só pra variar um pouco - vai perder a linha e usar isso para aumentar o potencial de exploração.

Claro que, por um lado, o conceito de aprimoramento humano é genial – ele faz com que deficientes físicos se incluam com muito mais facilidade na sociedade. Próteses para membros amputados e até mesmo a interface cérebro-máquina são exemplos positivos e o relatório reconhece isso. Acontece que os participantes do workshop acreditam que, a partir da próxima década, será cada vez mais comum os chefes incentivarem seus subalternos a tomarem remédinhos para renderem mais no trabalho. Drogas como o Aderall, um piscoestimulante feito à base de anfetamina que, depois de vários casos de pessoas que se viciaram e morreram por causa dela, foi proibida em diversos países. Hoje, ela é só permitida na terra do trabalho, os EUA.

De acordo com o relatório, essa perspectiva traz desafios em todas as áreas imagináveis: saúde, segurança, ética, humana e política – o texto diz que o governos devem inteferir. Idosos não se aposentarão, continuarão trabalhando. Pessoas doentes tomarão remédios que mascaram os sintomas, ficando aptas a irem ao escritório terminar aquele relatório que já está atrasado. De uma sociedade que apostava na terapia, estamos virando uma sociedade que aposta na melhoria artificial dos problemas.

O workshop aconteceu em março, mas o relatório só foi divulgado agora. Clique aqui para conferi-lo na íntegra.

Via io9

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Olheiras: descubra como combatê-las e tratá-las

Livre-se das olheiras. (Foto: iStock)
Quem não teme as olheiras e o aspecto de rosto cansado que elas provocam que atire a primeira pedra.  Para esconder essas manchas arroxeadas ou acastanhadas que surgem na área dos olhos não é preciso recorrer apenas ao resultado provisório dos corretivos. Existem alguns tratamentos eficazes e cremes potentes que combatem esse mal, o segredo é atingir a causa das olheiras: o excesso de pigmentação nas áreas dos olhos e a má circulação na região. 
De acordo com o dermatologista Fernando Passos de Freitas (CRM-106.504), as olheiras são marcas profundas e de colorações arroxeadas que se formam ao redor dos olhos. “Se a circulação local  não funcionar corretamente, os pigmentos do sangue não passam no interior dos vasos, acumulando-se no tecido conjuntivo e dando à pele uma cor particular, que varia entre o amarelo e o negro. E assim surgem as olheiras”, explica o médico. 
Entre os motivos do desenvolvimento das olheiras, destacam-se a hereditariedade, a vasodilatação local mais intensa,  a tensão pré-menstrual, além da desidratação da pele, doenças em geral, os medicamentos , bebidas alcoólicas, fumo, café e o próprio cansaço. 

Recursos estéticos e cremes potencializadores
Alguns tratamentos estéticos podem amenizar o aspecto das olheiras em apenas algumas sessões. “As causas do problema e o hábito de vida de cada um podem interferir na indicação e na durabilidade dos tratamentos estéticos. Cuidar da pele, utilizar produtos que agem diretamente no local e recorrer aos procedimentos estéticos podem, quando associados, garantir um resultado satisfatório”, alerta Fernando. 

Conheça alguns dos recursos estéticos e cremes para combater as olheiras: 
1. Carboxiterapia
Indicado para tratar as olheiras de causa hereditária. A técnica permite que o gás carbônico seja injetado ao redor dos olhos, estimulando a circulação e fazendo que o oxigênio chegue ao local.

2. Fototerapia
O procedimento é feito por meio de um laser que atinge os pontos escurecidos da pele para descongestionar a região. Esse efeito melhora a circulação e clareia a pele ao redor dos olhos.

3. Peeling
Ele age por meio da esfoliação e retira as camadas de pele escurecida. Como o tratamento é agressivo, o uso de protetor solar por até 15 dias após o processo é obrigatório.

4. Preenchimento
A técnica tem a finalidade de preencher a concavidade abaixo dos olhos com ácido hialurônico, que estica a pele. O resultado é o clareamento da região após algumas sessões.

5. Drenagem linfática
Se você tem bolsas abaixo dos olhos a drenagem linfática é a melhor opção para tratar esse incômodo. O método age na circulação e ameniza os pontos escuros, eliminando o inchaço de toda a região ao redor dos olhos.

6. Invista em vitaminas
Opte em usar cremes a base de vitamina A, C, K e de ácido mandélico. Eles aumentam a tonalidade da pele e evitam problemas na vascularização.

7. Truques para disfarçar as olheiras
Para disfarçar as olheiras você pode usar um corretivo do mesmo tom da pele. Com a ajuda de um pincel, você deve passar o produto nas pálpebras superior e inferior, no canto dos olhos, canto do nariz e abrindo levemente para as maçãs do rosto para uniformização com o restante da pele do rosto. A base e o pó também devem ser usados para amenizar as imperfeições.“O corretivo deve ser aplicado após a base, para melhorar o acabamento. Em relação aos olhos fundos, é importante aplicar a base, pó e o corretivo nas duas pálpebras”, aconselha o dermatologista Fernando Passos de Freitas.

8. Compressas vasoconstritoras
Aplique compressas com água gelada ao redor dos olhos pelo menos três vezes ao dia. As compressas podem ser feitas com substâncias calmantes ou derivados de camomila. Esse procedimento feito diariamente atenua o problema e melhora o aspecto da pele.

Truques contra as olheiras

  • Coloque fatias de pepino frio sobre os olhos fechados por 15 minutos. Não há necessidade de tal rotina todos os dias, bastam duas vezes por semana.
  • Beba bastante água. A água é um bem essencial que faz maravilhas à sua pele. Beba pelo menos dois litros de água por dia, e verá que a pele ao redor dos seus olhos ficará muito mais hidratada e menos translúcida, logo atenuará o quadro.
  • Use protetor solar com um fator mínimo de 30  para evitar o enfraquecimento causado pelo sol.
  • Descanse bastante. Durma pelo menos 8 horas por dia.
  • Consuma alimentos ou suplementos ricos em Vitamina C. Esses alimentos ajudam a fortalecer as paredes dos vasos sanguíneos.   

Fonte: Mulher Yahoo