sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mutação do Vírus H5N1

OMS se preocupa com mutação de vírus da gripe aviária em laboratório

Cientistas da Holanda e EUA criaram forma altamente perigosa do H5N1.

  Autoridades temem que publicação de estudo dê 'know-how' a terroristas.A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um alerta duro nesta sexta-feira (30) a cientistas que conseguiram criar uma forma altamente patogênica do vírus letal H5N1 da gripe aviária, dizendo que o trabalho deles pode ter riscos significativos e deve ser rigidamente controlado.A agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) disse estar "profundamente preocupada com as consequências negativas potenciais" do trabalho de duas equipes de pesquisa da gripe, que este mês disseram ter descoberto como tornar o H5N1 numa forma transmissível, capaz de provocar pandemias letais entre os seres humanos.O trabalho das equipes, uma da Holanda e outra dos Estados Unidos, já provocou um pedido de censura inédito de assessores de segurança americanos, que temem que a publicação de detalhes do estudo possa dar a agressores potenciais o "know-how" de como fazer uma arma biológica para fins terroristas.O Conselho Nacional de Ciência para a Biossegurança dos Estados Unidos pediu que dois periódicos que querem publicar o trabalho disponibilizem o estudo apenas em versões editadas, pedido contestado pelos editores das revistas e por muitos cientistas.Em sua primeira declaração sobre a polêmica, a OMS afirmou: "Embora esteja claro que o ato de conduzir pesquisas para obter conhecimento deve continuar, também está claro que certas pesquisas, e principalmente aquelas que podem gerar formas mais perigosas de vírus, têm riscos".O H5N1 é extremamente mortal em pessoas que estão diretamente expostas ao vírus de aves infectadas. Desde que foi detectado, em 1997, cerca de 600 pessoas o contraíram e mais da metade delas morreu.Mas até agora o vírus não sofreu uma mutação natural para uma forma que pode passar facilmente de pessoa para pessoa, embora muitos cientistas temam que esse tipo de mutação deva acontecer e representar uma grande ameaça à saúde.Pesquisadores da gripe no mundo trabalham há vários anos para tentar descobrir que mutações dariam ao H5N1 a capacidade de se espalhar mais facilmente de pessoa para pessoa, ao mesmo tempo mantendo suas propriedades fatais.O Instituto Nacional de Saúde dos EUA financiou os dois estudos sobre como o vírus poderia ficar mais transmissível em humanos, com o objetivo de obter conhecimento sobre como reagir se a mutação ocorrer de forma natural.Mas a OMS disse que a pesquisa deveria ser feita "apenas depois que tivessem sido identificados todos os riscos à saúde pública e benefícios importantes" e "houvesse a certeza de que as proteções necessárias para minimizar o potencial para consequências negativas estavam em vigor".

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Séries Drogas: LSD


São drogas sintéticas, e provocam distorções sérias no funcionamento cerebral; o usuário sente-se um
"super-homem", incapaz de avaliar situações de perigo; ilusões, alucinações e desorientação têmporo-espacial são comuns.
Destacamos algumas reações do uso agudo ou crônico do LSD:
- Alteração das percepções visual, gustativa, tátil, auditiva e olfativa
- Sensação anormalmente estranha de perda do limite entre o espaço e o corpo
- Sensação de que os sons podem ser vistos
- Sensação de pânico e medo
- Apreensão constante
- Reações psicóticas representadas por alucinações, delírio, grande labilidade afetiva, depressão psíquica
- Sensação simultânea de relaxamento e tensão, alegria e tristeza
- Sensação paranóide de poder voar
- Morte acidental
- Aparecimento de surtos de esquizofrenia
- Distúrbio da memória, reflexos exaltados
- Tremores corporais
- Náuseas, tonteira
- Parestesia (sensação pervertida de formigamento, arranhamento ou queimação da pele)
- Distúrbios visuais
- Perda do controle dos pensamentos
- Aumento da glicose no sangue e da freqüência cardíaca
- Elevação da pressão arterial e convulsão
(Fonte: Salvar o Filho Drogado, Dr. Flávio Rotman, 2ª edição, Editora Record) 
O LSD é solúvel em água, pode ser rapidamente absorvido depois de administrado oralmente e é eficaz em quantidades notavelmente pequenas. Uma dose média de 25 microgramas pode produzir efeitos significativos durante 10 a 12 horas. Sua potência é impressionante (300 mil vezes mais ativa que a maconha), porque o tecido cerebral mantém uma baixíssima concentração de LSD em relação a qualquer outro tecido do corpo, durante todo o tempo posterior a ingestão da droga.
A tolerância ao LSD ultrapassa a maioria dos outros alucinógenos, incluindo os derivados de anfetamina alucinógena e a mescalina; mas não se estende à maconha. Os usuários de LSD, portanto, repetem as doses após longos intervalos e não o substituem nem o administram simultaneamente com outros alucinógenos.
( Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)

Séries Curiosidades: Lentes de Contato

  Embora usadas principalmente por quem não deseja usar óculos, pode ser uma indicação médica quando existe diferença de grau importante entre os olhos ou uma córnea com irregularidades.
  As lentes podem ser gelatinosas ou rígidas. As gelatinosas podem ser de uso contínuo ou descartáveis. Tanto as gelatinosas como as rígidas são feitas com diferentes composições e diferentes métodos de fabricação de modo a lhes imprimir diferentes características.
 Assim temos lentes gelatinosas com maior ou menor conteúdo de água, lentes que devem ser descartadas com mais ou menos dias de uso e lentes para uso mais ou menos prolongado. As endurecidas, conforme o material, apresentam graus diferentes de permeabilidade ao oxigênio e os critérios de adaptação das mesmas (diâmetro e curvatura) dependem das características da lente a ser adaptada.O grau das lentes de contato, especialmente das lentes rígidas, não são os mesmos dos que são receitados para os óculos.Isto se deve aos seguintes fatos: proximidade da lente ao olho (efeito corretor maior para as miopias e menor para as hipermetropias), variação conforme a curvatura da lente adaptada e com as características do material da lente.
  Nem todo mundo pode usar ou é bom candidato ao uso de lentes de contato. É o oftalmologista quem deve determinar quem pode usar, o grau e curvatura da lente a ser adaptada bem como o melhor tipo de lente a ser usado.
 As lentes de contato se constituem em um corpo estranho dentro do olho, podendo causar danos importantes para a visão de modo que a segurança de seu uso depende da supervisão do oftalmologista.
 São complicações do mau uso de lentes de contato: edema, úlcera, infecção, neovascularização e deformidades na córnea.
  A chamada conjuntivite por lente de contato (conjuntivite papilar), bastante freqüente, especialmente com as lentes gelatinosas, pode ter sua evolução controlada pelo exame periódico (depende do tipo da lente esse tempo) do usuário de lentes.
  Hoje temos a possibilidade de corrigir quase todos os problemas de refração com lentes de contato desde que não haja contra indicação ao seu uso.
  É o olho seco um das principais dificuldades à adaptação com lentes de contato. 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Submarino e Princípio de Arquimedes


 Submarino - é uma embarcação especializada para operar submersa, tendo sido largamente usadas pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial, sendo usado por todas as grandes marinhas atualmente. Submarinos civis e submergíveis são usados com fins científicos tanto na água doce quanto salgada para trabalhar em profundidades muitos grandes para mergulhadores Humanos.
 Os submarinos englobam uma vasta gama de tamanho de embarcação. Desde embarcações de duas pessoas que são utilizadas para explorar a superficie marinha por poucas horas até os submarinos nucleares norte americanos da Classe Ohio, os quais permanecem submersos por metade de um ano e carregam míssies nucleares suficientes para destruir centenas de cidades. Há também submarinos especializados em resgate de submarinos e pequenos submarinos movidos por uma pessoa elaborados para competição entre as universidades. Um velho mecanismo para uso em exploração de águas profundas, salvamento, construção e recuperação é o sino de mergulho.
 A palavra submarino era originalmente um adjetivo que significava sob o mar. Algumas firmas que faziam montagem submarina mas não parte de submarinos chamaram este trabalho de engenharia submarinaSubmarino como um nome que significa parte de uma embarcação submersível originou-se como uma redução do termo barco submarino, e livros mais antigos, como Vinte Mil Léguas Submarinas, usavam estes termos.

  • Princípio de Arquimedes

  Parece ser estranha tal sensação, mas já percebeu que enquanto retiramos algo de dentro de um vasilhame cheio de água ou até mesmo quando estamos brincando dentro de uma piscina, temos a incrível sensação de que o que está mergulhado na água está mais leve? Por que tal fato ocorre? Será mágica?
  Não, não é mágica. Tal fato ocorre devido à ação de uma força vertical dirigida para cima. Essa força é denominada de empuxo.
  Denomina-se empuxo a força vertical, dirigida para cima, que qualquer líquido exerce sobre um corpo nele mergulhado.
  O empuxo foi descoberto por Arquimedes (287 a.C.-212 a.C. aproximadamente).
 Matemático e engenheiro grego, Arquimedes nasceu em Siracusa, na região da Magna Grécia. Diz a história que ele foi convidado pelo rei da sua cidade para resolver um problema: descobrir se a coroa que fora enviada para ser confeccionada por um ourives era de ouro maciço ou se tratava de uma mistura de outro metal. Arquimedes, em banho de imersão, descobriu a solução e, verificando que se tratava de um princípio geral, enunciou o seguinte princípio que leva o seu nome:

Princípio de Arquimedes: Todo corpo mergulhado em um fluido sofre a ação de um empuxo vertical, para cima, igual ao peso do líquido deslocado.

  O empuxo é a existência da ação de várias forças sobre um corpo mergulhado em um determinado líquido. Cada força tem um módulo diferente, e a resultante delas não é nula. A resultante de todas essas forças está dirigida para cima e é exatamente esta resultante que representa a ação do empuxo sobre o corpo.
  Para se calcular a intensidade da ação do empuxo existe uma pequena relação entre o empuxo e a densidade do líquido no qual o corpo está emerso. Veja:
E= md .g (I)
md = µ. Vd (II)
  Onde md é a massa do líquido deslocado, Vd é o volume do líquido deslocado e corresponde ao volume da parte do corpo que está mergulhada, e µ (letra grega “mi”) é a densidade do líquido. Substituindo (II) em (I) temos a equação para se calcular o empuxo:
E= µ . Vd. g
Por Marco Aurélio da Silva


sábado, 24 de dezembro de 2011

Sistema Muscular


Introdução ao Sistema Muscular

  Os músculos são órgãos constituídos principalmente por tecido muscular, especializado em contrair e realizar movimentos, geralmente em resposta a um estímulo nervoso.
  Os músculos podem ser formados por três tipos básicos de tecido muscular:

Tecido Muscular Estriado Esquelético

  Apresenta, sob observação microscópica, faixas alternadas transversais, claras e escuras. Essa estriação resulta do arranjo regular de microfilamentos formados pelas proteínas actina e miosina, responsáveis pela contração muscular. A célula muscular estriada chamada fibra muscular, possui inúmeros núcleos e pode atingir comprimentos que vão de 1mm a 60 cm.

Tecido Muscular Liso

  Está presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo, bexiga, útero etc) e também na parede dos vasos sanguíneos. As células musculares lisas são uninucleadas e os filamentos de actina e miosina se dispõem em hélice em seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido muscular esquelético.
 A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da contração dos músculos esqueléticos.

Tecido Muscular Estriado Cardíaco

Está presente no coração. Ao microscópio, apresenta estriação transversal. Suas células são uninucleadas e têm contração involuntária.

Sarcômeros

  As fibras musculares esqueléticas tem o citoplasma repleto de filamentos longitudinais muito finos, (as miofibrilas) constituídas por microfilamentos das proteínas actina e miosina. A disposição regular dessas proteínas ao longo da fibra produz o padrão de faixas claras e escuras alternadas, típicas do músculo estriado.
  As unidades de actina e miosina que se repetem ao longo da miofibrila são chamadas sarcômeros. As faixas mais extremas do sarcômero, claras, são denominadas banda I e contém filamentos de actina. A faixa central mais escura é a banda A, as extremidades desta são formadas por filamentos de actina e miosina sobrepostos, enquanto sua região mediana mais clara, (a banda H), contém miosina.

Teoria do deslizamento dos filamentos

  Quando o músculo se contrai, as bandas I e H diminuem de largura. A contração muscular se dá pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina. Essa idéia é conhecida como teoria do deslizamento dos filamentos.
  Nas pontas dos filamentos de miosina existem pequenas projeções, capazes de formar ligações com certos sítios dos filamentos de actina quando o músculo é estimulado. As projeções da miosina puxam os filamentos de actina como dentes de uma engrenagem, forçando-os a deslizar sobre os filamentos de miosina, o que leva ao encurtamento das miofibrilas e à conseqüente contração da fibra muscular.

Interior de um músculo


Contração Muscular

  O estímulo para a contração é geralmente um impulso nervoso que se propaga pela membrana das fibras musculares, atingindo o retículo sarcoplasmático (um conjunto de bolsas membranosas citoplasmáticas onde há cálcio armazenado), que libera íons de cálcio no citoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de ligação de actina, permitindo que se ligue a miosina, iniciando a contração muscular.
  Assim que cessa o estímulo, o cálcio é rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático e cessa a contração muscular.
  A energia para contração muscular é suprida por moléculas de ATP (produzidas durante a respiração celular). O ATP atua na ligação de miosina à actina, o que resulta na contração muscular. Mas a principal reserva de energia nas células musculares é a fosfocreatina, onde grupos de fosfatos, ricos em energia, são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de fosfocreatina, intensificando a respiração celular, utilizando o glicogênio como combustível.

Tetania e Fadiga Muscular

  A estimulação contínua faz com que o músculo atinja um grau máximo de contração, o músculo permanece contraído, condição conhecida como tetania. Uma tetania muito prolongada ocasiona a fadiga muscular. Um músculo fadigado, após se relaxar, perde por um certo tempo, a capacidade de se contrair. Pode ocorrer por deficiência de ATP, incapacidade de propagação do estímulo nervoso através da membrana celular ou acúmulo de ácido lático.

Antagonismo muscular

  A movimentação de uma parte do corpo depende da ação de músculos que atuam antagonicamente. Por exemplo, a contração do músculo bíceps e o relaxamento do tríceps, provocam a flexão do membro superior.

Fibras musculares lentas e rápidas

  As fibras musculares esqueléticas diferem quanto ao tempo que levam para se contrair, podendo levar um tempo de até 5 vezes maior do que as rápidas para se contrair.
 As fibras musculares lentas estão adaptadas à realização de trabalho contínuo, possuem maior quantidade de mitocôndrias, maior irrigação sanguínea e grande quantidade de mioglobina, capaz de estocar gás oxigênio. As fibras rápidas, pobres em mioglobina, estão presentes em músculos adaptados à contrações rápidas e fortes.
  Esses dois tipos de fibras podem ser diferenciados apenas ao microscópio por meio de corantes especiais.

Tônus muscular

  Os músculos mantêm-se normalmente em um estado de contração parcial, o tônus muscular, que é causado pela estimulação nervosa, e é um processo inconsciente que mantém os músculos preparados para entrar em ação. Quando o nervo que estimula um músculo é cortado, este perde tônus e se torna flácido. Estados de tensão emocional podem aumentar o tônus muscular, causando a sensação física de tensão muscular. Nesta condição, gasta mais energia que o normal e isso causa a fadiga.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Transmissão de Calor


  Denomina-se transmissão de calor à passagem da energia térmica de um local para outro. Essa transmissão pode ocorrer de três formas diferentes: condução, convecção e radiação.

Transmissão de Condução

  É o processo de transmissão de calor em que a energia térmita passa de um local para o outro através das partículas do meio que os separa. Na condução, a passagem da energia térmica de uma região para outra se faz da seguinte maneira: na região de maior temperatura, as partículas estão mais energizadas, vibrando com maior intensidade; assim, estas partículas transmitem energia para as partículas vizinhas, menos energizadas, que passa a vibrar com intensidade maior; estas, por sua vez, transmitem energia térmica para as seguintes, e assim sucessivamente.
  Notemos que, se não existissem as partículas constituintes do meio, não haveria a condução de calor. Portanto:
  A condução de calor é um processo que exige a presença de um meio material para a sua realização, não podendo ocorrer no vácuo (local isento de partículas).
  O calor propaga-se através da parede do forno de uma pizzaria.


Transmissão de Convecção

  Para ilustrarmos a convecção, imagine uma sala onde ligamos um aquecedor elétrico que está colocado no chão, no centro dessa sala.
  O ar em torno do aquecedor se aquece, tornando-se menos denso que o restante. Com isto, ele sobe e o ar frio desce, havendo uma troca de posição do ar quente que sobe com o ar frio que desce. A este movimento de massas de fluido chamamos convecção e as correntes de ar formadas são correntes de convecção.
  Na sala, o ar quente (menos denso) sobe, enquanto o ar frio (mais denso) desce.
  Portanto. a convecção se constitui de movimentos de massas fluidas. trocando de posição. Notemos que não tem significado falar em convecção no vácuo.
 Assim, podemos afirmar que a convecção somente ocorre nos fluidos (líquidos, gases e vapores), não podendo ocorrer nos sólidos c no vácuo.
 A convecção pode ser natural, quando é ocasionada por diferenças de densidade devido à diferença de temperatura entre as massas de fluido, ou forçada, quando é ocasionada por bombas ou ventiladores. 
 Observemos que na convecção não há passagem de energia de um corpo para outro, mas apenas estes é que mudam de posição.

 Sendo assim, concluímos que, a rigor, a convecção não é um processo de transmissão de calor, pois não há passagem de energia de um corpo para outro.
Exemplos:
I) Aparelho de ar-condicionado e aquecedor elétrico
  No verão, o aparelho de ar-condicionado introduz o ar frio nas salas, pela parte superior. Desse modo, devido à sua maior densidade, o ar frio desce, provocando a circulação do ar contido na sala. 
  O aparelho de ar-condicionado deve ser colocado na parte superior da parede da sala.

  No inverno, o ar aquecido pelo aquecedor elétrico deve ser produzido na parte inferior da sala.
  Note-se que se fosse feito o contrário, o ar frio (mais denso) continuaria embaixo e o ar quente (menos denso) continuaria em cima, não havendo circulação de ar.
II) Brisas litorâneas
À beira-mar, a areia, tendo calor específico muito menor que o da água, aquece-se mais rapidamente que a água durante o dia e resfria-se mais rapidamente durante a noite. 
Sendo assim, temos:

DURANTE O DIA: O ar próximo da areia fica mais quente que o restante e sobe, dando lugar a uma corrente de ar da água para a terra. o vento que, durante o dia, sopra do mar para a terra.
Durante o dia, as brisas sopram do mar para a terra.
DURANTE A NOITE: O ar próximo da superfície da água resfria-se menos que o restante. Com isso, ele fica mais quente que o restante e sobe, dando lugar a uma corrente de ar da terra para a água. Éo vento que, durante a noite, sopra da terra para o mar.
Durante a noite, as brisas sopram da terra para o mar
III) Geladeira doméstica
Nas geladeiras, o congelador é sempre colocado na parte superior, para que o ar se resfrie na sua presença e desça, dando lugar ao ar mais quente, que sobe.
Nas geladeiras domésticas, os alimentos são resfriados pelo ar frio, que desce devido à convecção. As prateleiras são feitas em grades (e não inteiriças) para permitir a convecção do ar dentro da geladeira.


Transmissão de Radiação 

  É o processo de transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas (ondas de calor). A energia emitida por um corpo (energia radiante) propaga-se até o outro, através do espaço que os separa. 
Sendo uma transmissão de calor feita por ondas eletromagnéticas, a radiação não exige a presença do meio material para ocorrer, isto é, a radiação ocorre no vácuo e também em meios materiais. 
 Entretanto, não são todos os meios materiais que permitem a propagação das ondas de calor através deles. 

Desta forma, podemos classificar os meios materiais em: 
— Diatérmicos: São os meios que permitem a propagação das ondas de calor através deles (são os meios transparentes às ondas de calor).
Ex.: ar atmosférico. 
— Atérmicos: São os meios que não permitem a propagação das ondas de calor através deles (são os meios opacos às ondas de calor).
A energia térmica vem do Sol por meio de ondas eletromagnéticas. 
 Como exemplo de radiação, podemos citar a energia solar que recebemos diariamente, a energia emitida por uma lareira que nos aquece no inverno, a energia emitida por uma lâmpada de filamento, cujo efeito sentimos eficazmente quando dela nos aproximamos etc. 
Toda energia radiante, transportada por onda de rádio, infravermelha, ultravioleta, luz visível, raios X, raios y etc., pode converter-se em energia térmica por absorção. Entretanto, só as radiações infravermelhas são chamadas de ondas de calor ou radiações caloríficas.


Vaso de Dewar - garrafa térmica

  O vaso de Dewar ou garrafa térmica é um dispositivo utilizado para manter a temperatura do seu conteúdo inalterada o maior intervalo de tempo possível. Para tanto, as paredes do sistema devem ser adiabáticas, não permitindo transmissão de calor com o meio ambiente.
  Como a energia térmica pode ser trocada por condução, convecção e radiação, foram usados os seguintes artifícios:
1) Para evitar a saída ou entrada de calor por condução, o líquido foi envolvido por vácuo. Por isso a garrafa térmica possui parede dupla de vidro (péssimo condutor) entre as quais se faz o vácuo.
2) Para evitar a convecção (processo que exige trocas de partículas), deve-se manter sempre bem fechada a tampa da garrafa.
3) Para evitar a radiação, as paredes são espelhadas, assim os raios infravermelhos e as demais radiações refletem-se no espelho, retornando ao meio de origem.
  É bom observar que este sistema não é perfeito; assim, depois de algumas horas, o líquido interno acaba atingindo o equilíbrio térmico com o meio ambiente.


A estufa

Principalmente em países onde o inverno é muito rigoroso, são usadas estufas para o cultivo de verduras, legumes e flores. A estufa é um local fechado, com paredes e teto de vidro que recebem as radiações solares.
O vidro é transparente à luz visível e praticamente opaco às ondas de calor (raios infravermelhos). Porém, uma pequena parte de raios infravermelhos consegue passar pelo vidro e são os principais responsáveis pelo aquecimento do interior da estufa. Esses raios são absorvidos e depois são emitidos numa forma mais ampla de raios infravermelhos que poderão sair pelo vidro apenas numa pequena parte; o restante volta a ser absorvido pelas plantas.

Por Renan Bardine
Equipe Cola da Web


Séries Curiosidades: Invenção da Lâmpada


"... Thomas Edison foi mais responsável do que qualquer um pela criação do mundo moderno.... Ninguém participou tanto da formação de caráter físico de nossa civilização atual. Ele foi a pessoa mais influente do milênio...." 

Fonte: The Heroes Of The Age: Electricity And Man


Thomas Alva Edison


  Nascido em Milan, Ohio em 1847. Engenhoso, mesmo com pouca idade, Edison limitou-se a educação formal mas era um leitor ávido, especialmente por livros de ciência. Tornou-se operador de telégrafo com 16 anos e até a idade de 22 anos tinha mudado para a Cidade de Nova York onde começou a inventar melhorias para a máquina de fita de papel perfurado, um aparelho de mapeamento de estoque que utilizava a tecnologia de telégrafo.

Em 1870 mudou-se para Nova Jérsei e fundou uma companhia para fabricar telégrafos impressores. Mas foi em 1876, quando inaugurou seu laboratório em Menlo Park, Nova Jérsei, que ele e sua equipe fizeram suas maiores descobertas.
  Após inventar a lâmpada elétrica em 1879, Edison tornou-se instantaneamente famoso. Tinha já fundado a Edison Electric Light Company em outubro de 1878 com Grosvenor P. Lowery, consultor da Western Union, a fim de desenvolver um sistema de iluminação comercialmente viável. Quatorze anos mais tarde, em 1892, a General Electric Company fundou diversas pequenas empresas a fim de projetar, produzir e comercializar os muitos produtos necessários para o crescimento da indústria de iluminação.
 Por vários anos, Edison se envolveu com invenções em áreas muito diferentes, incluindo mineração, baterias e até mesmo produção de cimento. Seu laboratório, que foi transferido para West Orange, Nova Jérsei em 1886, criou uma nova forma de realizar negócios, onde um grupo de pessoas , ao invés de apenas uma pessoa, poderia inventar, construir e comercializar produtos.
  Em 1929, dois anos antes de sua morte, Edison foi homenageado no Greenfield Village Museum de Henry Ford em Dearborn, Michigan durante a comemoração do "Light's Golden Jubilee". Estavam presente o Presidente dos EUA Herbert Hoover, Orville Wright, Madame Curie, Will Rogers, Harvey Firestone e 300 outros dignitários mundiais. Naquela ocasião, Edison resumiu suas realizações afirmando: "Se eu tenho estimulado os homens a dar grandes passos, se nosso trabalho alargou o horizonte de milhares de pessoas e proporcionou um pouco de felicidade no mundo, estou contente."
  Alva Edison é até hoje o maior inventor de todos os tempos, tendo sido autor de 1093 invenções.
História da Lâmpada

  A contribuição mais importante do próprio Edison para o problema da luz elétrica foi no projeto do filamento. Ele tentou mais de 6.000 materiais de filamentos alternativos durante dois anos e gastou US$40,000 conduzindo mais de 1.200 testes.
  Depois de testar as substâncias em todo o mundo, Edison concluiu que a platina era efetiva. No entanto, ela era dispendiosa e proporcionava somente eficiência limitada como um filamento prático. Finalmente, Edison tentou a linha de coser de algodão carbonizado da máquina de costura. Na tarde de Domingo, 19 de outubro de 1879, Edison e seus assistentes equiparam este filamento de algodão e fizeram voltas observando-o pelo relógio. Mais de 40 horas mais tarde o filamento ainda estava incandescente e Edison reconheceu que tinha resolvido o problema.
  A invenção do bulbo da luz elétrica foi anunciada no New York Herald em 21 de dezembro de 1879. Nas semanas seguintes os estoques de gás caíram drasticamente enquanto as ações da Edison Electric Company subiam, batendo finalmente $3,500 uma ação.
 Os bulbos de luz entraram para venda em 1880 e enquanto a introdução de escala-total do sistema de iluminação Edison era feito em Londres no Holburn Viaduct no início de 1882, a era da iluminação elétrica de maneira geral através uma fonte de força municipal centralizada iniciou em 4 de setembro de 1882, em Pearl Street Station, na Cidade de Nova York. Em resposta a uma pergunta do repórter, Edison disse simplesmente. "Eu cumpri tudo que prometi".

Origem da Vida


  Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogêneseOs defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos.
  O grande poeta romano Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), autor das Écoglas e da Eneida, garantia que moscas e abelhas nasciam de cadáveres em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro afirmava que, o lodo do fundo das lagoas, poderiam, poderiam nascer patos e morcegos. O padre Anastásio Kircher (1627-1680), professor de Ciência do Colégio Romano, explicava a seus alunos que do pó de cobra, espalhado pelo chão, nasceriam muitas cobras.
  No século XVII, o naturalista Jan Baptiste van Helmont (1577-1644), de origem belga, ensinava como produzir ratos e escorpiões a partir de uma camisa suada, germe de trigo e queijo.
  Nesse mesmo século, começaram a surgir sábios com novas ideias, que não aceitavam a abiogênese e procuravam desmascará-la, com suas experiências baseadas no método científico.

Abiogênose X biogênese

  Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam . Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.
  A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.
  Quando Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), na Holanda, construindo microscópios, observou pela primeira vez os micróbios, reavivou a polêmica sobre a geração espontânea, abalando seriamente as afirmações de Radi.
  Foi na Segunda metade do século passado que a abiogênese sofreu seu golpe final. Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, preparou um caldo de carne, que é excelente meio de cultura para micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica é conhecida como "pasteurização".
  Uma vez esterilizado, o caldo de carne era conservado no interior de um balão "pescoço de cisne".
  Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. Nenhum microrganismo poderia chegar ao caldo de carne. Assim, a despeito de estar em contato com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando a inexistência da geração espontânea. Muitos meses depois, Pasteur exibiu seu material na Academia de Ciências de Paris. O caldo de carne estava perfeitamente estéril. Era o ano de 1864. A geração espontânea estava completamente desacreditada.

Como surgiu o primeiro ser vivo?

  Desmoralizada a teoria da abiogênese, confirmou-se a idéia de Prayer: Omne vivium ex vivo, que se traduz por "todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo". Isso criou a seguinte pergunta: se é preciso um ser vivo para originar outro ser vivo, de onde e como apareceu o primeiro ser vivo?
  Tentou-se, então, explicar o aparecimento dos primeiros seres vivos na Terra a partir dos cosmozoários, que seriam microrganismos flutuantes no espaço cósmico. Mas existem provas concretas de que isso jamais poderia ter acontecido. Tais seres seriam destruidor pelos raios cósmicos e ultravioleta que varrem continuamente o espaço sideral.
  Em 1936, Alexander Oparin propõe uma nova explicação para o origem da vida. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:
  • Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água.
  • Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioleta, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera.
  • Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo.
  • Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas.
  • As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos.
  • As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados.
  • Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células.
  • Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia.
  • Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água.
  Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chigago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.
  Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas.
  As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin.