sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Jogo online pode melhorar a cognição de idosos


O jogo online World of Warcraft (WoW) permite que você se torne um herói mítico e explore um mundo virtual fantástico e misterioso. Trata-se de um MMORPG (Massively Multiplayer Online Role Playing Game), um jogo no qual milhares de usuários, conectados ao servidor do game, escolhem entre vários personagens, de guerreiros a mágicos, e jogam ao mesmo tempo.
Mas o game parece ir além do puro entretenimento. Segundo uma pesquisa da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, idosos que jogam WoW aperfeiçoam seu funcionamento cognitivo. Cognição é o conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem.
Os cientistas testaram a cognição de quase quarenta pessoas entre 60 e 77 anos, analisando habilidades como memória, capacidade de concentração e noção de espaço. Um segundo teste só foi realizado duas semanas depois, após parte dos voluntários ter jogado World of Warcraft por aproximadamente 14 horas diárias totais no período de duas semanas, e a outra parte ter mantido sua rotina normal.
Comparando os resultados dos testes, os pesquisadores encontraram um aumento muito maior na capacidade cognitiva dos idosos que passaram duas semanas jogando do que os que não experimentaram o game. A melhora foi ainda mais notável entre os participantes que não haviam apresentado bons resultados nos primeiros testes.
“Entre os participantes que pontuaram bem nos testes de funcionamento cognitivo iniciais, não houve melhora significativa depois de jogar WoW”, diz a Dra. Anne McLaughlin, coautora do estudo. “Mas nós vimos uma melhora interessante, tanto na habilidade de concentração como na de noção de espaço, entre os idosos que haviam apresentado baixa pontuação nos primeiros testes.”
O que se sabia sobre o assunto
Segundo a psicóloga Claudimara Chisté, estar constantemente em atividade, tanto física quanto mental, é fundamental para a manutenção do funcionamento cognitivo. “O jogo, dependendo de como for utilizado, pode ter uma vantagem: ele é lúdico. A pessoa se diverte, interage com seus pares, trabalhando tanto aspectos cognitivos quanto sociais”, diz.
Ela explica, no entanto, que pesquisas para investigar os efeitos da prática constante de um jogo específico na cognição de idosos são recentes, por isso os dados ainda são incipientes. Assim, ela considera o estudo americano relevante por abrir novas possibilidades de investigação. “Mais uma vez fica demonstrado que os estudos envolvendo o processo de envelhecimento e a cognição precisam ser sistematizados, para que possamos contribuir para a promoção de bem estar das pessoas”, diz Claudimara.
A pesquisa foi realizada com 39 participantes, por isso não pode ser generalizada, adianta a psicóloga. “Não podemos dizer que seus resultados valem para qualquer população, com quaisquer jogos. Novos estudos, porém, replicando os procedimentos, podem indicar resultados com mais precisão”, afirma.
Fazer com que o ser humano mantenha sua autonomia à medida que vai envelhecendo é um dos objetivos dos profissionais de saúde, segundo Claudimara. “Por isso é tão importante incluir no nosso cotidiano práticas que cuidem também dos aspectos cognitivos”, afirma.
Especialista: Claudimara Chisté Santos, doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo e docente da Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo e da Faculdade Brasileira.
Envolvimento com o assunto: Pesquisadora na área do envelhecimento, seu doutorado relacionou aspectos cognitivos e afetivos em idosos. Membro do Grupo de Trabalho “Os jogos e sua importância em psicologia e educação”, na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP).

O sono como desafio


Uma boa noite de sono, embora natural e imprescindível à saúde, transformou-se em privilégio de poucos e em martírio de muitos nos tempos atuais.  Ao menos, 42% da população mundial tem algum problema para dormir e em cerca de um terço das consultas médicas os pacientes reclamam da qualidade do sono, de acordo com pesquisas recentes. Em algumas regiões do planeta, como a África e a Ásia, por exemplo, 150 milhões de pessoas sofrem com noites mal dormidas, o que levou os governos locais a tratar a questão como epidemia.
Com tantas vítimas do mesmo transtorno é evidente que cientistas persigam soluções em forma de tratamentos e novas drogas. O que poucos sabem, no entanto, é que há muito tempo estudiosos tentam entender os mistérios do sono. Os primeiros relatos registrados são de 1.000 a.C. e até hoje não se sabe tudo sobre a real função deste período pelo qual passamos diariamente e quais são os caminhos para torná-lo mais eficiente e satisfatório. Existem inúmeras teorias baseadas em aspectos físicos e cognitivos que tentam descrever o sono. Um dos conceitos mais importantes foi criado em 1990 por Gualberto Buela-Casal, psicólogo espanhol especializado no tema, para quem o sono é um estado funcional, reversível e cíclico, com algumas manifestações comportamentais características, como uma imobilidade relativa e o aumento do limiar de resposta aos estímulos externos. Durante o sono, ocorrem variações dos parâmetros biológicos, acompanhados por uma modificação da atividade mental. A definição de Buela-Casal dá uma pista sobre a essencialidade e complexidade do que ocorre enquanto dormimos.
O que sabemos atualmente: o sono se divide basicamente em duas fases conhecidas por REM (Rapid Eye Moviment) e não-REM. O sono NREM possui três subfases com características específicas. A primeira (N1) é o estágio de transição, o início do sono; a N2 é a fase superficial, responsável por quase metade do período total de sono e, a N3, é quando ocorre a secreção e liberação de diversos hormônios, considerada a etapa mais profunda de sono. A fase NREM é responsável pela restauração física do indivíduo. O sono REM é o período onde ocorrem os sonhos e a restauração das funções cognitivas, como memorização, atenção e concentração.
É comum dizer que um adulto saudável deve dormir 8 horas por noite, mas esta afirmação é mais um dos mitos que se criou sobre assunto. Já se sabe que a quantidade ideal de horas de sono é uma variação individual. Algumas pessoas precisam de aproximadamente 5 horas de sono por noite – são os chamados curto-dormidores. Os longo-dormidores precisam de, no mínimo, 9 horas e os indiferentes, que constituem a maioria da população, dormem uma média de 7 a 8 horas por noite. A maior parte dos especialistas concorda que não há receita única para uma boa noite de sono. O ideal é dormir a quantidade de horas que seu organismo necessitar para que você acorde bem na manhã seguinte. Vale lembrar, porém, que, na maioria dos casos, somos obrigados a dormir menos do que gostaríamos. E dessa forma, passamos a viver, constantemente, privados de sono.
Resumindo: são muitos os problemas de sono existentes na sociedade em que vivemos, assim como são inúmeros os tratamentos e crescente o número de pesquisas sobre o assunto. E é sobre isso que trataremos nas próximas semanas. Entre as missões deste espaço está a de trazer novos dados e informações que garantam – aos que precisam – uma noite de bons sonhos.

Baixa umidade do ar favorece crises de problemas respiratórios

Aprenda a Enfrentar o Clima seco com medidas simples.

Por: Minha Vida


 A umidade relativa do ar em alguns estados brasileiros já é bastante preocupante. No começo da semana, Pará, Maranhão e Piauí estavam com umidade relativa abaixo dos 30%. Mais alarmante, entretanto, foi o índice registrado em São Paulo. A capital registrou na terça-feira o menor índice de umidade em três anos, com umidade relativa de 20%. Em São José dos Campos, a porcentagem chegou aos 15%. A cidade de São Paulo deve permanecer em alerta até domingo.
 O estado de alerta é definido quando a umidade do ar fica entre 20% e 30%. De acordo com a Climatempo, há a possibilidade de a capital entrar novamente em emergência neste sábado, quando os níveis de umidade podem ficar abaixo de 20%.
 As complicações do clima seco são de tirar o fôlego, literalmente. Os problemas para o sistema respiratório são vários: os casos de pneumonia, gripe, sinusite, alergias e resfriado crescem até 25%, segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo quando a baixa umidade do ar faz com que os índices de poluição aumentem. Para além dos problemas respiratórios, o tempo seco pode causar dores de cabeça, irritações nos olhos, nariz, garganta e pele. A garganta pode ficar seca, a voz rouca, inclusive com possibilidade de inflamação na faringe.
 Por isso, alguns cuidados são fundamentais para atravessar o clima seco com a saúde em plena forma. Basta seguir alguns cuidados simples que deixam o corpo livre dessas reações incomodas.

domingo, 19 de agosto de 2012

Equipamentos de raios X causam preocupação em aeroportos

Mesmo antes de engravidar, Yolanda Marin-Czachor fazia o possível para evitar os aparelhos de raios X utilizados pelos agentes de segurança para examinar os passageiros do aeroporto. Agora ela é radical: ao invés de ser alvo de tanta radiação, ela prefere simplesmente ser revistada manualmente.
'Antes dessa gravidez, eu já passei por dois abortos espontâneos', afirmou Marin-Czachor, mãe e professora de 34 anos na cidade de Green Bay, no Wisconsin, 'e uma das primeiras coisas que meu médico disse foi: 'Não passe por essas máquinas. Ninguém fez estudos de longa duração com elas e eu prefiro que você fique longe delas''.
Existem 244 aparelhos de raios X por 'retrodifusão' sendo utilizados em 36 aeroportos dos Estados Unidos. Eles funcionam praticamente sem parar, de acordo com a Secretaria de Segurança no Transporte (TSA, sigla em inglês). Outros aeroportos utilizam aparelhos de ondas milimétricas, que se parecem com cabines de telefone e não utilizam radiação nem detectores de metal.
A maior parte dos especialistas concorda que enquanto os aparelhos de raios X por retrodifusão estiverem funcionando da maneira correta, eles expõem os passageiros a quantidades ínfimas de radiação ionizante.
Mas alguns especialistas são menos enfáticos e ainda existem dúvidas sobre a segurança do uso dos aparelhos de raios X em uma escala tão grande. Um estudo recente relatou que a radiação desses aparelhos atravessa a pele e chega até os órgãos. Em outro relatório, pesquisadores estimaram que, a cada bilhão de exames de raios X por retrodifusão realizados por ano, cerca de 100 casos de câncer poderiam ser causados pela exposição à radiação. A união europeia baniu aparelhos de raios X que utilizem radiação nos aeroportos; além disso, em diversos países europeus é ilegal submeter pessoas a exames de raios X por razões que não sejam médicas.
Os aparelhos movem rapidamente um feixe estreito com alta intensidade de radiação através do corpo e David Brenner, diretor do Centro de Pesquisa Radiológica no Centro Médico da Universidade de Columbia, se preocupa com a possibilidade de que problemas mecânicos possam fazer com que o feixe fique parado em um único local, causando uma grande exposição à radiação, mesmo que por poucos segundos.
Por razões de segurança, existe um segredo em torno de como esses aparelhos funcionam. A TSA afirma que os aparelhos foram avaliados pela Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos, pelo Comando de Saúde Pública do Exército Americano e pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.
Mas os pesquisadores dessas instituições nem sempre tiveram acesso direto aos aparelhos em uso, e alguns dos relatórios publicados sobre eles sofreram enormes edições e tiveram os nomes dos autores removidos. Cientistas independentes afirmam que a falta de acesso limitou sua capacidade de avaliar os sistemas.
John Sedat, professor emérito de bioquímica e biofísica na Universidade da Califórnia, em San Francisco, acredita que a dosagem verdadeira possa ser até 45 vezes mais alta do que a estimada pela TSA, ou cerca de 10 por cento de um exame de raios X na caixa torácica.
Autoridades da TSA negam a afirmação dos cientistas de que é difícil medir corretamente a dose de radiação recebida pelos passageiros, dizendo que os equipamentos são inspecionados pelo menos uma vez ao ano e que eles possuem sistemas de desligamento automático no caso de falhas.
Entretanto, os equipamentos já apresentaram problemas mecânicos. Um recente relatório da TSA afirmou que entre maio de 2010 e maio de 2011 foram emitidas 3.778 oderns de serviço em função de problemas mecânicos nos aparelhos de raios X por retrodifusão. Foram realizadas análises de segurança em apenas 2 por cento dos casos.
Em uma carta enviada à Secretaria de Saúde e Serviços Humanos em 12 de outubro de 2010, cientistas afirmaram que 'a natureza casual da manutenção desses equipamentos causa preocupação. Essas máquinas são capazes de irradiar grandes doses de raios X'.
Além disso, 'os hospitais geralmente procuram diariamente por problemas em seus equipamentos de raios X'.
Boa parte daquilo que se sabe a respeito dos riscos da exposição à radiação se baseia nas doenças que acometeram o Japão após a Segunda Guerra Mundial.
Autoridades da TSA afirmam que pequenas doses de radiação são seguras para qualquer pessoa, incluindo mulheres grávidas, bebês e crianças pequenas, embora as crianças sejam significativamente mais sensíveis aos efeitos da radiação.
Entretanto, as pessoas que correm o maior risco são os funcionários da TSA e as outras pessoas que trabalham nos terminais, uma vez que elas passam pela segurança diariamente. Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho com os equipamentos de raios X dos aeroportos em 2004 pedia que a secretaria fornecesse detectores de radiação para seus funcionários, com o objetivo de monitorar de forma sistemática sua exposição à radiação, assim como muitos hospitais e laboratórios fazem, além de destacar melhor a presença dos equipamentos. A secretaria não acatou o pedido.
Mesmo que o risco para a saúde dos passageiros seja pequeno, as sugestões a seguir podem ajudar quem deseja reduzir sua exposição à radiação:
– Chegue cedo ao aeroporto. Isso lhe dá mais tempo para passar pela revista manual, caso prefira.
– Caso você esteja ou acredite estar grávida, informe um agente da TSA. Ele pode permitir que você passe apenas por um detector de metais, sem necessidade de exames adicionais.
– Quanto mais nova for a criança, mais sensível ela é à radiação. Funcionários da TSA não exigem que crianças com menos de 13 anos sejam submetidas ao exame em equipamentos de raios X, ainda que a agência negue a existência de uma regra a esse respeito.
– Caso esteja preocupado com quaisquer problemas médicos, você tem o direito de optar por uma revista manual feita por um funcionário da TSA.

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A maternidade protege o coração


As células do feto podem viajar até o coração da mãe para reparar e substituir as células danificadas. Os pesquisadores da Escola de Medicina Monte Sinai de Nova York observaram este fato em um experimento com roedores. Provocaram infartos controlados em ratazanas gestantes saudáveis e marcaram com uma proteína fluorescente as células fetais para distingui-las das mesmas da mãe.
Deste modo, viram que as células fetais que provinham da placenta se regeneraram em células musculares cardíacas e em células do endotélio vascular (as que recobrem o interior dos vasos sanguíneos). Duas semanas depois do infarto, os cientistas comprovaram que elas tinham se inserido no coração materno e representavam 2% do total das células do órgão.
"Embora há alguns anos foi demonstrado a existência de uma troca de células entre o feto e a mãe, este estudo é absolutamente estimulante e traz esperança", destaca Milagros Pedreira, presidente do Grupo de Trabalho de Doenças Cardiovasculares na Mulher da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC).
A especialista assinala que este tipo de pesquisa abre uma nova via de estudo na área das células-tronco e da regeneração cardíaca, que poderia se transformar em uma alternativa para os pacientes.
Outro trabalho, realizado pela Universidade da Califórnia e publicado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva no periódico "Fertilidade e Esterilidade", relaciona o número de gravidezes com a diminuição do risco cardiovascular nas pós-menopáusicas.

Gravidez e saúde cardiovascular
Após analisar cerca de 1.300 mulheres, os cientistas descobriram que quem tinha ficado grávida quatro vezes ou mais tinha menos probabilidades de sofrer de doença cardiovascular que aquelas que não tinham ficado grávida ou o tinham feito em menos ocasiões. No entanto, os pesquisadores ainda não podem explicar porque isto acontece.

"Apesar de mais estudos serem necessários para conhecer a relação exata entre o número de gravidezes e a saúde cardiovascular, estes dados podem representar um estímulo para futuros trabalhos e pesquisas neste terreno", afirma Milagros.
A médica diz que embora venham aparecendo novos trabalhos que certificam os benefícios da gravidez para o coração da mulher, "não devemos esquecer que a gestação também é considerada uma situação de risco para algumas pessoas".
De fato, o coração da mãe faz um esforço maior durante a gravidez pois o sistema cardiovascular tem que se adaptar às mudanças fisiológicos que o corpo da mulher experimenta.
Não em vão, neste período se aumenta o volume sanguíneo, a frequência cardíaca e a quantidade de sangue que o coração bombeia. Além disso, acontece uma queda da tensão arterial tanto sistólica como diastólica, explica a Sociedade Espanhola de Cardiologia.
Para evitar complicações, esta entidade recomenda às grávidas que controlem periodicamente a tensão arterial e que anotem em um caderno os números para manter o controle.
Tal indicação é especialmente relevante para aquelas mulheres que sofrem de alguma cardiopatia. Além disso, os especialistas da SEC aconselham às gestantes uma dieta baixa em sal, deixar de fumar e levar uma vida o mais saudável possível.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Alimentação Saudável

Gata ajuda menino com mutismo seletivo a se comunicar com o mundo


Britânico de 7 anos que não costumava falar já está se comunicando na escola, com auxílio de animal doméstico.
Um menino britânico que sofre da rara condição de mutismo seletivo, que inibe a sua capacidade de se comunicar, vem contando com o auxílio de uma gata para conseguir falar. Lorcan Dillon, de sete anos, foi diagnosticado como portador dessa condição ainda aos três anos de idade, quando estava no jardim de infância. A criança se comunicava em casa, mas fora do ambiente familiar seu comportamento era diferente. ''Notamos que ele não falava com as outras crianças'', afirma Jayne Dillon, a mãe da criança. Jayne afirma ter visto um anúncio da entidade Cat's Protection, uma entidade britânica que oferece assistência a gatos e resolveu adquirir um animal para entreter a criança. 'Eu te amo' Desde que ele ganhou a gata, batizada de Jessi-cat, seu comportamento mudou radicalmente. ''Ele fala com ela, diz: 'Eu te amo, Jessy'. Ela participa de atividades com ele, está ajudando-o a ter mais autoconfiança'', afirma Jayne. As mudanças que a gata estaria propiciando ao pequeno Lorcan não se limitam ao lazer. ''Ele agora já fala com sua professora e até lê para ela, o que é impressionante para crianças com essa condição, que raramente falam'', relata a mãe.
Condição
De acordo com estudos, a condição de mutismo seletivo afeta cerca de três em cada 10 mil crianças. Mas outros especialistas dizem que a condição seria mais comum do que se imagina, atingindo até sete entre mil pessoas. O mutismo seletivo tende a ser identificado em crianças de 3 a 6 anos de idade, mas acaba só sendo diagnosticado quando os jovens começam a frequentar a escola, onde fica mais fácil identificar a condição. Mesmo após o diagnóstico, é difícil determinar as suas causas precisas. Ele pode ser provocado por diversos fatores, como problemas auditivos, defeitos de dicção, síndrome de Asperger, traumas ou ansiedade. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Médicos explicam como é possível sobreviver a barra de ferro no crânio

Quem vê o caso do operário Eduardo Leite, de 24 anos, que sobreviveu sem sequelas após ser atingido no crânio por uma barra de ferro de dois metros de comprimento, enquanto trabalhava em uma obra na zona sul do Rio, na quarta-feira (15), pensa que se trata de um milagre. Mas a medicina explica o que aconteceu com o jovem, que não perdeu a consciência em nenhum momento.
Segundo o chefe do serviço de neurocurgia do Hospital Municipal Miguel Couto, Ruy Monteiro, que operou o rapaz, o vergalhão ficou alojado na parte frontal do cérebro, entre a área que coordena o comportamento e as emoções e a região dos movimentos e da coordenação motora.
Caso o objeto estivesse 1 centímetro mais para trás, Eduardo poderia teria ficado com o lado esquerdo paralisado. Um pouco mais, e não mexeria os braços e as pernas. Também poderia haver perda da sensibilidade e da percepção de temperatura.
Além disso, se a barra tivesse entrado 1 centímetro para a direita, o operário teria perdido um olho. A sorte é que nenhuma estrutura importante de veias e artérias foi prejudicada.
"A ciência ainda não conhece claramente a função dessa área afetada, não é nítida. Mas não adianta fazer testes nessa fase, isso fica para a reabilitação. Se tiver alguma alteração percebida pela família que atrapalhe a vida do paciente, aí serão indicados exercícios específicos de neuropsicologia", detalha Monteiro.
Segundo o neurocirurgião Nilton Lara Junior, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, se fosse se manifestar alguma sequela grave, isso ocorreria imediatamente. Com o tempo, a tendência da situação cerebral é melhorar, e não piorar.
"Mas, como não existe nenhuma parte 'silenciosa' ou sem função no cérebro, esse rapaz precisa passar por uma avaliação posterior", reforça Lara Junior.
Entre as áreas do operário que podem ter sido comprometidas, o médico cita o raciocínio, a memória e a localização espacial ou temporal. Além disso, pode haver alterações na capacidade de controle das emoções, como demonstrações exacerbadas de sentimentos ou a redução de manifestações afetivas.
"Não é que a pessoa vai perder essa função, mas pode ficar pouco emotiva", diz o neurocirurgião.
Lara Junior compara o cérebro com outros órgãos do corpo e ressalta que, enquanto as células do fígado, por exemplo, fazem basicamente a mesma coisa, cada região cerebral tem uma ação específica, motivo pelo qual às vezes uma lesão muito pequena pode causar danos enormes. E também pode acontecer o contrário, como nesse caso.


Como foi a cirurgia
Eduardo foi atendido no local do acidente, teve a barra de ferro serrada (ficou com 1,2 m) e foi encaminhado para o Miguel Couto.

Ao chegar, passou por uma avaliação, foi estabilizado clinicamente e fez uma tomografia do cérebro, que mostrou com precisão onde o objeto estava alojado e como deveria ser feita a cirurgia, que acabou durando 5 horas.
Após a anestesia geral do paciente, a equipe médica limpou e escovou o vergalhão durante 25 minutos com uma solução de sabão e um antisséptico. Uma tampa do crânio foi aberta para visualizar o tamanho da lesão. Os cirurgiões aplicaram soro fisiológico para limpar a área e acabaram tirando o objeto por baixo, próximo ao nariz, para evitar um maior risco de contaminação.
"Esse foi o momento mais crítico, pois poderia haver alguma lesão vascular e hemorragia", lembra Monteiro.
Pelas próximas duas semanas, Eduardo vai receber antibiótico na veia para prevenir infecções, já que a barra que entrou na cabeça dele estava suja. A internação também deve durar mais ou menos esse período, segundo o neurocirurgião.
"Agora, passadas mais de 48 horas da operação, o risco é menor. E, depois das primeiras 72 horas, é pouco provável que ele tenha inchaço no cérebro", diz Monteiro.
O médico conta que Eduardo já está lúcido e conversando normalmente. Assim como outros pacientes com esse tipo de trauma, ele vai precisar fazer um acompanhamento no local, mesmo após receber alta. Em geral, são seis meses.
O especialista já atendeu outras vítimas parecidas, com um homem agredido com um machado, que acabou perdendo a visão e teve problemas motores, há cerca de dez anos.
Em outro caso, uma pessoa foi atingida na cabeça pelo retrovisor de uma motocicleta e acabou morrendo depois, por uma complicação infecciosa.
"O mais importante é ter sempre uma equipe preparada e um hospital bem equipado, com tomógrafos e outros aparelhos tecnológicos", destaca Monteiro.


Manutenção da consciência
Eduardo se manteve acordado durante todo o tempo após o acidente, e isso também tem um porquê. De acordo com o médico Nilton Lara Junior, o encéfalo – formado pelo cérebro, bulbo e cerebelo – não tem relação com a consciência, o coma e o ciclo de vigília e sono, por exemplo.

"Essa região é comandada pelo tronco cerebral, que é mais antigo no processo de evolução e encontrado em todos os vertebrados. Quanto mais complexo for um animal, mais ele vai desenvolver o encéfalo, com ações importantes como o raciocínio", afirma.
O neurocirurgião aponta que o fato de o paciente ser jovem ajuda muito na resposta. Isso porque os neurônios, apesar de não se reproduzirem, são capazes de se adaptar a novas situações e adequar a comunicação entre si – as chamadas sinapses. Assim, as células do cérebro criam novos caminhos e acabam recuperando parte das funções perdidas. Terapias cognitivas, comportamentais e ocupacionais também aceleram esse processo.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O risco de ataque cardíaco pode aumentar após dias ou semanas da morte de um ente querido.

Um estudo, feito com 1985 adultos sobreviventes de ataque cardíaco, mostrou que após a morte de um ente querido, os riscos de ataque cardíaco aumentaram 21 vezes no primeiro dia, quase seis vezes na primeira semana, e progressivamente tendeu a diminuir ao longo do primeiro mês. O risco é maior (quase quatro vezes) em pessoas que já tenham um risco alto para sofrer  ataque cardíaco .
Cônjuges em luto tem até 53 por cento  mais riscos de morrer, a longo prazo, de doenças cardíacas e derrames..
O estudo é o primeiro a se concentrar sobre o risco de ataque cardíaco durante os primeiros dias e semanas após a morte de um ente querido próximo.
Como parte do estudo multicêntrico, pesquisadores revisaram prontuários e pacientes que deram entrada no hospital após um ataque cardíaco entre 1989 e 1994.
Pacientes responderam a perguntas sobre: as circunstâncias de seus ataques cardíacos,  se recentemente perderam algum ente querido próximo, quando a perda ocorreu e,
qual a importância de seu relacionamento na época.
O estresse psicológico como dor intensa pode aumentar a freqüência cardíaca, a pressão arterial e a coagulação do sangue, elevando o risco de um ataque cardíaco.
No início do processo de luto, as pessoas estão mais propensas a terem menos sono, o apetite diminui e os níveis de cortisol, o hormônio do stress, aumenta - o que também pode aumentar o risco de um ataque cardíaco.
Os sinais de ataque cardíaco incluem desconforto no peito , na parte superior do corpo ou dores no estômago, falta de ar, suor frio, náuseas e vertigens.

Marte: conheça algumas câmeras a bordo do jipe-robô Curiosity

Quando o jipe-robô Curiosity enviou a primeira foto de Marte muitas pessoas criticaram a qualidade da imagem, dizendo que não era possível que com tanta tecnologia disponível a Nasa fosse fotografar Marte com câmeras tão ruins ou com resolução tão baixa. Mas não é bem assim.

Antes de falar sobre algumas das câmeras que foram enviadas para a missão, é importante destacar que as primeiras imagens enviadas não tinham o objetivo de fotografar o planeta em alta resolução. Era somente uma forma do Curiosity dizer "Cheguei. Vejam o local do pouso!".
De acordo com o planejado, após pousar em Marte o computador de bordo do Curiosity deveria enviar dados de telemetria em velocidade muito baixa até o satélite Mars Orbiter, que serve de repetidora de sinais entre Marte e a Terra. A baixa velocidade de transmissão é necessária para permitir que os dados fossem recebidos corretamente, mesmo que as antenas do Curiosity e do satélite em orbita não estivessem perfeitamente orientadas.
Assim, para evitar sobrecarga de dados apenas um thumbnail (amostra de imagem) de 64x64 pixels de tamanho foi enviado, mas apesar das pequenas dimensões foi o suficiente para mostrar a superfície marciana, para o deleite dos pesquisadores reunidos no JPL. Com a transmissão constante de dados em poucos minutos uma nova foto foi recebida, desta vez com 256x256 pixels de resolução.
Em ambos os casos foram transmitidas imagens em preto e branco, já que fotos coloridas são maiores e mais pesadas para serem enviadas naquele momento. Em breve, quando as comunicações entre o Curiosity e a Terra estiverem totalmente operacionais, os pacotes de dados serão transmitidos com velocidade muito maior, permitindo enviar fotos com resolução mais alta.
No total, o jipe Curiosity carrega 17 câmeras especialmente projetadas para a missão em Marte.

Mast Camera (MastCam)
A Mast Camera (MastCam) é montada sobre o mastro do robô e tem capacidade de fotografar em 3D em 8 comprimentos de onda diferentes dentro do espectro visível. Sua resolução é de 1600×1200 pixels e também pode fazer vídeos em alta-definição. Uma das câmeras, a Medium Angle Camera (MAC) tem distância focal de 34 mm, com ângulo e abertura de 15 graus, com capacidade de resolver 22 cm/pixel a 1 km de distância.
A outra câmera é a Narrow Angle Camera (NAC), com distância focal de 100 mm e campo de visão de 5.1 graus. Sua capacidade de resolução é de 7.4 cm/pixel a 1 km.

Mars Hand Lens Imager (MAHLI)
Responsável por fazer a primeira foto colorida do planeta, este experimento é uma câmera montada na extremidade do braço robótico do Curiosity e também tem resolução de 1600x1200. Possui um sistema zoom com distância focal entre 18.3 mm e 21.3 mm e campo de visão entre 33.8 a 38.5 graus. Possui duas fontes de luz própria, branca e ultravioleta e pode fazer fotos a partir de 2.3 centímetros.







Hazard avoidance cameras (Hazcams)
Esta foi a câmera usada para enviar a primeira foto em preto e branco. Na realidade, tratam-se de quatro câmeras iguais montadas nas quatro extremidades do veículo. Sua função é auxiliar na navegação do veículo, evitando acidentes. Seu campo de visão é de 120 graus, capaz de observar três metros de largura do terreno à frente do robô.

Resolução
Alguns podem achar que a resolução de 1600x1200 é muito pouco quando comparada às câmeras que encontramos nas lojas, mas não é. São equipamentos de última geração, com sensores CCD centenas de vezes mais sensíveis e construídos com características especialmente projetadas para os experimentos. Para se ter uma ideia, os sensores ópticos instalados nos principais telescópios em uso na Terra não têm essa qualidade.

Outras Câmeras
Além dos instrumentos mostrados, Curiosity também carrega um par de câmeras de navegação (Navcams) com visão estereoscópica e a ChemCam (Chemistry and Camera complex), um instrumento altamente sofisticado de espectroscopia laser capaz de vaporizar rochas a 7 metros de distância e registrar sua composição química.

Artes: No topo, disposição das câmeras no jipe-robô Curiosity. Na sequência, comparação das imagens feitas pelos diversos dispositivos imageadores. Em seguida, detalhes das câmeras MAHLI e MastCam. Créditos: Nasa/JPL, Apolo11.com.

Forte terremoto sacode Mar de Okhotsk, no leste da Russia

  Dados recebidos da Rede Sismográfica Global (Iris-GSN) mostram que um intenso abalo sísmico que atingiu 7.3 graus de magnitude foi registrado no mar de Okhotsk, na Rússia às 23h59 pelo horário de Brasília (13/08/2012). O violento abalo teve seu epicentro localizado sob as coordenadas 49.67N e 145.30E, a 582 km de profundidade. O mapa abaixo mostra a localização do epicentro.
  Apesar da grande intensidade do abalo, a profundidade em que ocorreu o evento favorece a dissipação da energia antes de chegar à superfície.
  Um terremoto de 7.3 graus de magnitude libera a mesma energia que 67 bombas atômicas similares a que destruiu Hiroshima em 1945, ou a explosão de 1336875 toneladas de TNT.

Importante: Esta notícia pode sofrer alterações ao longo do dia.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

'Moeda da sorte' fixada no Curiosity vai ajudar testes da Nasa


Ex-presidente americano Abraham Lincoln aparece na moeda fixada no jipe-robô

O jipe-robô Curiosity, que está em Marte desde segunda-feira (6) e vai passar pelo menos dois anos no planeta vermelho em busca de indícios favoráveis à vida, levou consigo uma "moedinha da sorte", que ajudará a agência espacial americana (Nasa) a fazer testes em uma das câmeras do veículo.
A moeda de 1 centavo de dólar é de 1909 e estampa o ex-presidente americano Abraham Lincoln, cujo centenário de nascimento foi comemorado no ano da cunhagem, em uma edição especial feita pelo escultor e especialista em metais Victor David Brenner.
O objeto no "bolso" do Curiosity vai permitir que os cientistas estabeleçam uma escala dos objetos encontrados pela câmera Mahli, situada no braço do robô e destinada a registrar imagens em close e alta resolução.
Isso significa que, como o tamanho da moeda já é conhecido, será possível fazer uma comparação mais adequada do que for flagrado – em milímetros, centímetros ou metros. Com essa "calibragem", as rochas e o solo serão detectados em detalhes, com linhas de referência mais finas que um fio de cabelo.
A Mahli capta tudo em um ângulo de 30 graus com o solo, motivo pelo qual os técnicos da Nasa precisam "endireitar" as imagens para corrigir distorções. A câmera é capaz de se concentrar em qualquer alvo a uma distância que varia de 2 centímetros até o infinito.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Saúde Bucal dos Idosos


Como posso manter uma boa saúde bucal na terceira idade?
Se você cuidar bem dos seus dentes e fizer consultas periódicas com seu dentista, os seus dentes podem durar a vida inteira. Independentemente da idade, você pode ter dentes e gengivas saudáveis se escovar pelo menos três vezes ao dia com creme dental com flúor, se usar fio dental pelo menos uma vez ao dia e se for regularmente ao dentista para exames completos e limpeza.

Que informações sobre a saúde bucal um indivíduo da terceira idade deve ter?
Até mesmo quem escova e usa fio dental regularmente, pode ter alguns problemas específicos. Muitas pessoas na terceira idade usam dentaduras, tomam remédios e têm problemas de saúde geral. Felizmente, seu dentista pode ajudar você a encarar estes desafios com êxito quase que garantido.

    * As cáries e os problemas com a raiz dos dentes são mais comuns em pessoas da terceira idade. Por isso, é importante escovar com um creme dental que contenha flúor, usar fio dental todos os dias e não deixar de ir ao dentista.

    * A sensibilidade pode se agravar com a idade. Com o passar do tempo é normal haver retração gengival que expõe áreas do dente que não estão protegidas pelo esmalte dental. Estas áreas podem ser particularmente doloridas quando atingidas por alimentos e bebidas quentes ou frias. Nos casos mais severos, pode ocorrer sensibilidade com relação ao ar frio e a alimentos e líquidos doces ou amargos. Se seus dentes estiverem muito sensíveis, tente usar um creme dental apropriado. Se o problema persistir, consulte o dentista já que esta sensibilidade pode indicar a existência de um problema mais sério, como, por exemplo, cárie ou dente fraturado.

    * As pessoas mais velhas se queixam de boca seca com freqüência. Este problema pode ser causado por medicamentos ou por distúrbios da saúde. Se não tratado, pode prejudicar seus dentes. Seu dentista pode recomendar vários métodos para manter sua boca mais úmida, como tratamentos ou remédios adequados para evitar a boca seca.

    * Enfermidades preexistentes (diabete, problemas cardíacos, câncer) podem afetar a saúde da sua boca. Converse com seu dentista sobre quaisquer problemas de saúde existente para que ele possa ter uma visão completa da situação e para que possa ajudar você de forma mais específica.

    * As dentaduras tornam mais fácil a vida de muitas pessoas da terceira idade, mas exigem cuidados especiais. Siga rigorosamente as instruções do seu dentista e, caso ocorra qualquer problema, marque uma consulta. Os portadores de dentaduras definitivas devem fazer um exame bucal geral pelo menos uma vez por ano.

    * A gengivite é um problema que afeta pessoas de todas as idades e que pode se tornar muito sério, especialmente em pessoas de mais de 40 anos. Vários fatores podem agravar a gengivite, inclusive:

         1. Má alimentação.
         2. Higiene bucal inadequada.
         3. Doenças sistêmicas, como a diabete, enfermidades cardíacas e câncer.
         4. Fatores ambientais, tais como o estresse e o fumo.
         5. Certos medicamentos que podem influenciar os problemas gengivais.

    * Como as doenças gengivais são reversíveis em seus primeiros estágios, é importante diagnosticá-las o mais cedo possível. As consultas periódicas garantem o seu diagnóstico e o seu tratamento precoce. É importante saber que a boa higiene bucalevita o aparecimento de enfermidades gengivais.

    * As coroas e pontes são usadas para reforçar dentes danificados ou substituir dentes extraídos. Uma coroa é usada para recobrir um dente que sofreu perda de substância. Ela fortalece a estrutura do dente e melhora a sua aparência, sua forma ou seu alinhamento. As pontes ou próteses fixas são usadas para substituir um ou mais dentes faltantes e são fixadas nos dentes naturais ou nos implantes situados ao lado do espaço deixado pelo dente extraído.

O Problema das Estrias

Dá pra eliminar as estrias?

De tempos em tempos, surgem novos métodos de tratamento das temidas marcas na pele. Quais os melhores modos de lidar com elas?
As estrias são cicatrizes que surgem quando as fibras elásticas da pele, formadas por colágeno e elastina, são excessivamente estiradas e se rompem. Ambas ficam na derme, camada cutânea mais profunda, e sustentam a região intermediária, garantindo tonicidade. Já a epiderme, área mais superficial, se torna fina e forma uma pequena depressão.
"A genética é fator determinante. A elasticidade e a resistência da pele dependem das características hereditárias", afirma a dermatologista Andrea Godoy. Ela ressalta que alterações hormonais, tais como o aumento da produção de estrógeno e progesterona, também podem fragilizar as estruturas cutâneas, deixando-as propicias ao rompimento.
Os sulcos também podem surgir a partir do crescimento muito rápido na adolescência ou com o uso de corticóides. Elas tendem a aparecer, sobretudo, nos seios, no bumbum e, no caso das gestantes, na barriga. "As estrias são lesões irreversíveis. As técnicas apenas estimulam a produção de colágeno. Mas as fibras elásticas não se refazem. Por esse motivo, elas nunca desaparecem por completo", lamenta Andrea.

PREVENÇÃO
Proteja a elasticidade da pele para evitar a ruptura de suas camadas internas:

Cosméticos - A hidratação melhora a resistência e a elasticidade, aumentando a flexibilidade cutânea e prevenindo a ruptura das fibras. "As fórmulas mais potentes são as que possuem princípios ativos que estimulam a produção de colágeno e elastina, como lipossomas, óleo de amêndoas, ureia, gluconato de cobre e centelha asiática", salienta Andrea Godoy. Veja alguns produtos:

  • Creme intensivo para prevenção de estrias, O Boticário, R$ 52,99
  • Emulsão auxiliar na prevenção de estrias, Natura, R$ 41,90
  • Creme para estrias, Bio-Médicin, R$ 59,90
  • Creme redutor de estrias Stretchmark, Avon, R$ 42,00
  • Creme para prevenção e tratamento de estrias recentes Striactive, Dermage, R$ 175,00
  • Creme anti-estrias Luciara, Bayer, 69,00
  • Gel-creme controle preventivo de estrias, Mahogany, R$ 55,00
  • Loção corporal de hidratação intensiva, Mater Skin, R$ 52,00
  • Gel-creme preventivo de estrias Biovergetures, Biotherm, R$ 190,00
  • *Preços pesquisados em agosto/2012

Hidratação - Organismo hidratado como um todo é a condição básica para que os cremes cumpram o que prometem. Isso se dá através do consumo de água e outros líquidos - 2 a 3 litros por dia são suficientes.

Efeito sanfona - A oscilação de peso - engordar e emagrecer sucessivamente, em curtos períodos de tempo - favorece o rompimento das fibras de colágeno. Portanto, mais uma vez prevalece a recomendação dos especialistas da saúde: é preciso manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente.

Alimentação - Há nutrientes que beneficiam a pele, porque agem diretamente na formação de suas estruturas. Para fazer do cardápio um aliado, é preciso variá-lo. "A vitamina C estimula a produção de colágeno enquanto a B5 é cicatrizante. A vitamina E, por sua vez, é responsável pela regeneração de todos os tecidos do corpo", afirma o dermatologista Carlos Almeida que também ressalta a importância dos minerais nesse processo. "O silício, presente na aveia, no pepino e no espinafre, por exemplo, regenera as fibras de colágeno e elastina, além de protegê-las da ação dos radicais livres. Já o cobre é essencial para que o corpo sintetize a vitamina C corretamente - pode ser encontrado nas nozes, no grão de bico, na lentinha e no feijão".

TRATAMENTOS
Há, basicamente, dois tipos de estrias. As avermelhadas são as recentes, ainda em fase inflamatória. As fibras recém rompidas estão se organizando, por isso respondem melhor ao tratamento. As brancas são consideradas cicatrizes, não há processo inflamatório. Nesse caso, para melhorar a aparência e preencher as depressões, é preciso estimular novas fibras de colágeno.
A seguir uma seleção de procedimentos comprovadamente eficazes. Vale ressaltar que devem ser feitos sob orientação médica e que não são indicados para gestantes, lactantes, diabéticos e hipertensos.

Dermoabrasão - Esfoliação vigorosa realizada com ponta de cristal ou diamante. A escoriação da pele promove uma descamação superficial e um processo de regeneração que, por sua vez, estimula a produção de colágeno.

Laser - Aquece a área atingida promovendo vaporização localizada que leva à redução dos vasos sanguíneos na região, reduzindo a coloração arroxeada das estrias. Andrea Godoy ressalta: "Há vários tipos de laser. Somente mediante avaliação o médico pode recomendar o mais indicado, caso a caso".

Ácidos - Alguns tipos, como o retinóico, estimulam a formação de colágeno e a renovação celular, melhorando o aspecto. A concentração ideal para cada caso é definida pelo dermatologista, de acordo com o tipo de pele e a profundidade das estrias.

Peeling - Elimina de forma suave e uniforme as camadas superficiais da epiderme. "O objetivo é promover a regeneração celular e, consequentemente, o surgimento de uma nova pele. Quando comparado à ação dos ácidos, os resultados são mais acelerados e intensos", assegura Carlos Almeida.

Intradermoterapia - Consiste na injeção, ao longo e sob as estrias, de substâncias que estimulam a circulação local e a produção de proteínas nas áreas onde as fibras se degeneraram. O resultado é a redução do tamanho e melhora da textura.