quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Baleia-branca consegue imitar voz humana

Cientista atribuiu os esforços do mamífero à necessidade de estabelecer contato com os humanos. 
SAN DIEGO - As baleias-brancas, também chamadas de belugas, podem imitar a voz humana, segundo estudo realizado por cientistas americanos da Fundação Nacional de Mamíferos Marítimos em San Diego, publicado pelo jornal científico Current Biology.

O cientista Sam Ridgway e seus colegas gravaram os sons de uma baleia macho chamada Noc, que tinha convivido com golfinhos, outras baleias-brancas e humanos. "Nossas observações sugerem que a baleia teve de modificar sua mecânica vocal para fazer sons parecidos com a fala humana", afirmou ele, que atribuiu os esforços do mamífero à necessidade de estabelecer contato com os humanos.
Ao gravar os sons de Noc, descobriram um ritmo similar ao da fala humana e frequências mais baixas que os sons típicos das baleias, muito mais próximos das vozes humanas. "Os sons que escutamos eram um claro exemplo de aprendizagem vocal."


Cientistas de Cambridge revelam como nós esquecemos as memórias ruins


Experimento aponta que nosso cérebro conta com duas estratégias básicas para tentar apagar aquelas lembranças indesejadas. Você já leu aqui na GALILEU que cientistas descobriram uma droga que apaga as memórias indesejadas de nossa mente.  Agora, se você é uma pessoa saudável e séria, que não costuma recorrer às drogas para resolver seus conflitos mentais, saiba que também já pode usufruir das maravilhas de ser o próprio editor do seu cérebro. Basta um pouco de ginástica cerebral. 


São dois os caminhos principais. Na chamada supressão direta a ideia é inibir o processamento do hipocampo que acontece no córtex dorsolateral pré-frontal direito. Isso significa que a pessoa corta o mal pela raiz e para de pensar naquilo assim que a memória ruim surge – você desconecta a parte do cérebro responsável pela retenção das memórias episódicas. Em outras palavras, a pessoa força seu cérebro a interromper o processo de lembrar de uma coisa, de qualquer coisa. A outra maneira é a substituição de pensamento. Essa estratégia funciona de maneira oposta à supressão: você deve forçar seu cérebro a pensar em outra coisa, estimular a recuperação de lembranças de outros episódios, mais agradáveis, de preferência. 

Para realizar o experimento, os 36 voluntários deviam memorizar pares de palavras para, em seguida, tentar esquecê-los. Foi esse processo que os cientistas olharam bem de perto, através da ressonância magnética, para chegar às conclusões do estudo. O mais incrível é que esses dois métodos, apesar de contarem com mecanismos opostos, acontecem naturalmente dentro de nossos cérebros – cada pessoa leva mais jeito pra um tipo de esquecimento. 


Farmacêuticas já produzem até 'Prozac' para cão

Gigantes como Pfizer, Bayer e Eli Lilly criam remédio específicos para animais de estimação, um mercado que não para de crescer.O carinho dos donos pelos seus animais de estimação está estimulando a indústria farmacêutica a criar versões para cães e gatos de medicamentos humanos, em busca de uma nova fonte de lucros. Cachorros que ficam sozinhos e apresentam sintomas de depressão, por exemplo, já podem ser tratados com um remédio similar ao antidepressivo Prozac.
Há tratamento até para casos mais graves, como câncer. Tudo para atender os donos que não medem esforços - e dinheiro - para preservar a saúde do "melhor amigo".
A americana Eli Lilly, dona do Prozac, anunciou neste mês que trará ao Brasil sua linha de medicamentos para animais domésticos, disponível nos Estados Unidos desde 2007. A empresa atenderá o segmento por meio de sua divisão de saúde animal, a Elanco, que já fabrica no Brasil produtos para animais de produção, como bovinos e suínos.
O primeiro medicamento, que será lançado no Brasil até o fim do ano, vem de uma molécula que a Eli Lilly comprou da Dow Chemical e que, posteriormente, se revelou uma solução contra pulgas em cães e gatos, conta o diretor da divisão de animais de companhia da Elanco América Latina, Mauri Moreira.
O "Prozac para cachorro" ainda não está disponível no Brasil, mas está no radar da Elanco trazer o medicamento ao País. A área de saúde animal faturou US$ 1,68 bilhão em 2011 no mundo e respondeu por 8% da receita da Lilly. Neste ano, a divisão cresce 21% no mundo e mais de 30% no Brasil.
A indústria farmacêutica faturou R$ 400 milhões com a venda de produtos veterinários para cães e gatos no País em 2011, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal. O segmento ainda é pequeno perto da divisão de animais de produção, como bovinos e suínos. Os "pets" respondem por 11,7% do faturamento do mercado de medicamentos para animais, um total de R$ 3,4 bilhões. No mercado americano, o segmento é quase 50%.
A tendência é aumentar essa fatia. A indústria vê o baixo índice de vacinação nos animais brasileiros como uma grande oportunidade de crescimento nas vendas. Estima-se que existam 30 milhões de cães e gatos no País, mas apenas 20% deles são vacinados com regularidade. Nos Estados Unidos, o índice é de 85%.
'Humanização'. A Pfizer, líder neste mercado, aposta na "humanização" do tratamento de cães e gatos. "Antigamente, os animais domésticos eram tratados com resto de comida e só iam ao veterinário quando ficavam doentes. Hoje, estão muito próximos de um membro da família e tendem a receber melhores cuidados", disse o diretor da unidade de animais de companhia da Pfizer, Tiago Papa.
A empresa costuma se inspirar em tratamentos de humanos para desenvolver produtos para animais. "Existem linhas de pesquisa em oncologia humana que já resultaram em medicamentos contra câncer para cães", disse.
A última novidade, apresentada na semana passada, foi um centro de imunização modelo para veterinários, inspirado em serviço de pediatria. A proposta da Pfizer, que oferece um refrigerador próprio para armazenar suas vacinas em regime de comodato aos veterinários, é criar uma sala de vacinação separada do local da consulta.
O contrário também pode ser feito. A alemã Bayer, por exemplo, lançou pela primeira vez um produto para animais que visa, na verdade, melhorar a saúde humana. Trata-se de um hidratante que reduz as partículas de pelos de cães e gastos que provocam alergias nos donos. "Cerca de 70% dos clientes que compram produtos para animais são mulheres. Existem muitos produtos que podemos desenvolver pensando também no bem-estar do proprietário", disse o gerente da unidade de animais de companhia da Bayer, Gilberto Neto.

O risco da garganta profunda

Transmitida por sexo oral e resistente aos antibióticos, uma nova forma de gonorreia de faringe está se tornando epidêmica.
A Organização Mundial de Saúde estima entre 700 mil e 1 milhão de brasileiros infectados com gonorreia. Nos Estados Unidos, ela é a segunda doença contagiosa mais comum. Causada pela bactéria gonococo, a gonorreia é transmitida principalmente pelo ato sexual. São raros os casos de contaminação por artigos de higiene íntima ou vasos sanitários. O que pouca gente sabe – ou o que muita gente subestima – é o risco de ser contaminado pelo sexo oral. Nessa prática sexual, seja por aversão ao gosto do látex ou pela diminuição da sensibilidade, as pessoas costumam ignorar a camisinha. Isso para não falar do prazer feminino: você conhece alguém com o hábito de cobrir a vagina com papel celofane ou plástico de embalar alimentos para evitar o contato direto com a língua? Pois é.
Mas o risco existe – e tem se tornado cada vez mais alto, por causa dos novos hábitos sexuais disseminados pela pornografia disponível na internet. As exibições de cenas explícitas de sexo oral do tipo “garganta profunda”, realizadas por profissionais, parecem estar estimulando os jovens a fazer o mesmo com os seus diversos parceiros – com péssimos resultados. Em Los Angeles, segundo reportagem publicada na revista Newsweek, os casos de gonorreia de faringe aumentaram desde 1988 sete vezes em relação aos de órgãos genitais. “Apesar de as pessoas acharem que sem penetração é seguro, o risco de contaminação pela boca existe”, diz a médica Mariângela Freitas da Silveira, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Uma pesquisa americana publicada em 2004 revelou que 82% dos adultos sexualmente ativos nunca usaram preservativo no sexo oral. “Não dá para ser hipócrita: é muito desagradável mesmo”, afirma o ginecologista Paulo Canella, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por esse motivo, cresceu o número de infectados pela garganta.
A outra novidade, igualmente negativa, é que bactéria que migrou para a garganta já não é uma bactéria comum. Ela resiste a boa parte dos antibióticos disponíveis. Até a década de 1980, a gonorreia era curada com penicilina. Num rápido processo de evolução, a bactéria tornou-se resistente a esse tipo de medicamento. Os médicos começaram a usar a quinolona, uma nova classe dos antibióticos. Recentemente, dados epidemiológicos mostraram que também esse antibiótico não faz mais efeito em regiões da Ásia e da Europa. “No Brasil, a resistência da bactéria ainda é baixa”, afirma o infectologista Max Igor Lopes. “Mas estamos vivendo uma epidemia global de doenças sexualmente transmissíveis e nada impede que tenhamos esse problema aqui em breve”. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 10 milhões de brasileiros tiveram alguma DST ao longo da vida sexual.
Sabe-se que os homens têm menos chance de serem contaminados no sexo oral. Isso porque a bactéria não gosta de colonizar a parte mais externa da boca (gengiva, língua ou bochecha), uma vez que a saliva tem enzimas que destroem a gonococo. Já as mulheres convivem com um perigo muito maior ao levar a extremidade do pênis até o fundo da boca – ou mesmo até a garganta. O infectologista Max Igor Lopes, do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que a parte posterior da boca, quente é úmida, é o ambiente propício para a bactéria. “Cerca de 20% das pessoas infectadas têm gonorreia na faringe”, diz Lopes. Os sintomas são de uma inflamação normal – dor, vermelhidão e pus na garganta. Na maioria das vezes, o paciente nem desconfia da doença e é tratado com uma faringite corriqueira. Assim, continua contaminado e transmitindo a bactéria. Diagnosticada, é preciso tratar também os parceiros sexuais com uma dose única de antibiótico. 

Transgênicos: saiba onde eles estão e você nem imagina


Polêmicas sobre o uso da Técnica geram impasse entre especialistas. Implantar características novas ou melhorar as já existentes em determinado organismo são o principal objetivo dos transgênicos. Apesar das propagadas vantagens da aplicação da técnica, não são poucos os impasses científicos e até mesmo filosóficos que envolvem a prática.
Incertezas à parte, uma coisa é certa: os transgênicos já estão em sua mesa. Sabe-se que, em nível mundial, as principais culturas que possuem elementos transgênicos são o tomate, a soja, o algodão, o milho, a canola e a batata. Além desses, há outros produtos que também são alvo da técnica de transgenia e você talvez nem imagine: óleos, farinhas e grãos, molhos e condimentos, enlatados, sopas e pratos prontos, matinais e cereais, chocolates e balas, biscoitos e salgadinhos, pães e bolos, bebidas, laticínios e margarinas, massas, congelados e rações para animais.
No Brasil, para saber se um alimento possui ou não elementos transgênicos, basta ficar atento ao rótulo. De acordo com a regra definida pelo decreto 4.680/2003, qualquer embalagem de alimento que possua mais de 1% de origem transgênica deve conter um "T" de cor preta sobre um fundo amarelo, em formato de triângulo (semelhante a uma placa de trânsito).
"Tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel ou in natura, o rótulo da embalagem ou do recipiente em que estão contidos deverá constar, em destaque, no painel principal e em conjunto (…) uma das seguintes expressões, dependendo do caso: '(nome do produto) transgênico', 'contém (nome do ingrediente ou ingredientes) transgênico(s)' ou 'produto produzido a partir de (nome do produto) transgênico'", indica o decreto.
OGM e transgênicos
Há duas categorias quando o assunto é manipulação genética dos organismos. Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e os transgênicos. Todo transgênico é um OGM, mas nem todo OGM é um transgênico. Ficou confuso? Calma! O engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, que também é mestre em Economia Rural e doutor em Engenharia de Produção, explica a diferença.
"Por definição, uma planta ou animal transgênico é aquele que foi transformado pela agregação de genes provenientes de seres com os quais o organismo original não poderia se relacionar sexualmente. Logo, há transferência de um gene que é alheio à sua carga natural, ou seja, há uma anomalia sob a perspectiva da evolução natural. Já um OGM é aquele que sofreu modificação em sua carga genética natural. Essa modificação pode ser, por exemplo, uma mutação induzida em um ou alguns de seus genes", explica.
De acordo com o doutor em Fitopatologia, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e conselheiro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Marcelo Gravina de Moraes, a Lei de biossegurança brasileira não faz distinção entre OGM e transgênicos. "As alterações feitas a partir dos genes da própria espécie geram um organismo chamado de cisgênico. Todavia, não existe nenhum caso de cisgênico em uso comercial. Na prática, a lei considera ambos o mesmo caso", esclarece.
Prós e contras
As propagadas vantagens da aplicação da técnica incluem o surgimento de plantas resistentes às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias e outros) e a diminuição no uso de herbicidas, pesticidas, inseticidas e outros agrotóxicos. A resistência a ataques de insetos e a infecções virais, a redução do custo de produção em virtude de menor exigência de agrotóxicos e a consequente maior rentabilidade ao agricultor são outros argumentos dos grupos favoráveis aos transgênicos.
Os principais questionamentos dizem respeito à polinização cruzada (entre transgênicos e culturas não modificadas), aos ainda não totalmente estudados possíveis impactos na saúde humana/animal e às possíveis reações alérgicas a esses alimentos. Há também fatores socioeconômicos (diferenças entre bases e culturas agropecuárias dos países) e indagações sobre a utilização de compostos químicos. A lista inclui ainda o risco de redução da biodiversidade, como consequência da maior agressividade das culturas transgênicas, abrangendo a eliminação de insetos e fungos, o que interferiria nas populações de insetos benéficos ou predadores e na comunidade de organismos do solo.
Polêmicas
Quando o assunto são os riscos que os transgênicos podem trazer, tanto para a saúde humana quanto para os ciclos de produção dos alimentos e para o ecossistema como um todo, os especialistas consultados pelo Yahoo! possuem opiniões contrárias.
Segundo Melgarejo, ainda não se sabe a dimensão completa dos problemas que podem ser causados pelos transgênicos. "Os estudos a que tive acesso são insuficientes para atestar a inexistência de riscos. Cada transgênico implica numa determinada carga de riscos - há as tecnologias HT, BT, ou mesmo os chamados transgênicos voltados ao enfrentamento de fatores abióticos (resistência a secas, inundações, etc.) ou ao enriquecimento dos padrões alimentares. É preciso avaliar o tema com base no caso a caso."
Já Gravina defende que os transgênicos são testados quanto a sua biossegurança alimentar e ambiental desde o início da pesquisa até antes de serem liberados comercialmente. "Em nenhum caso, até hoje, se verificou o caso de um transgênico oferecer mais risco que um organismo convencional para a alimentação ou para o meio ambiente. Essa afirmação tem por base um número muito grande de publicações científicas que formam um consenso sobre a biossegurança e também por meio da análise de agências regulatórias de diversos países e organizações internacionais, como a FAO e a OMS, por exemplo."
Há certo consenso na comunidade científica de que os efeitos em longo prazo, ainda desconhecidos, da introdução de alimentos transgênicos na cadeia alimentar, tanto no meio ambiente quanto na saúde pública, só serão conhecidos após os necessários tempos de utilização. Mas, será que vale a pena correr esse "risco"?
Doutor Gravina explica que o prazo de análise (longo prazo) a que os alimentos derivados de transgênicos são submetidos não é menor do que o de outras modificações usadas na produção de alimentos. "Ao contrário, as análises sobre os transgênicos são minuciosas e não são realizadas em nenhum outro caso. Por isso, se conhece muito mais sobre a composição, ausência de alergenicidade e de toxicidade de um alimento produzido com um transgênico do que um alimento convencional. Portanto, não há riscos desconhecidos, mas sim muito mais informação sobre transgênicos.
Assim, podemos considerar que, em muitos casos, o uso de transgênicos pode ser até mais seguro que alimentos convencionais. No caso ambiental, isso já é verificado através da redução do uso de agroquímicos, de água e de combustível em lavouras transgênicas em comparação às tradicionais."
A doutora em Ciências Sociais e conselheira da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Marijane Vieira Lisboa, alerta que a experiência com novas tecnologias aponta que, ao mesmo tempo em que elas resolvem problemas humanos e melhoram a qualidade de vida, também revelam - em geral, bem posteriormente - aspectos negativos impensados. Alguns exemplos são a relação entre mudanças climáticas e uso de combustíveis fósseis, a depredação da camada de ozônio e o uso de aerossóis, os agrotóxicos e as diversas doenças ocasionadas nos homens, entre outros.
"Por isso há a necessidade de uma cuidadosa avaliação sobre as vantagens oferecidas por uma tecnologia nova frente aos riscos potenciais. Uma rigorosa avaliação desses riscos, por sua vez, é praticamente impossível no caso de tecnologias tão novas quanto os transgênicos, pois seria necessário poder saber antecipadamente todos os possíveis efeitos colaterais que poderiam surgir para que se pudesse medir os seus riscos", ressalta.
Marijane alerta que, no caso dos transgênicos, não se tem adotado o mínimo de precaução. Os estudos feitos pelas empresas para avaliar a segurança dos produtos para a alimentação humana e animal são de curto prazo, com poucos animais e visando verificar algumas poucas alterações, segundo ela. "Por trás dos transgênicos existem cientistas cujas carreiras, laboratórios e instituições de pesquisas dependem do desenvolvimento de transgênicos.
As empresas de biotecnologia atuantes investem bilhões de dólares nessa pesquisa e desenvolvimento, não estando dispostas a perdê-los para aqueles poucos cientistas que investigam efeitos colaterais indesejados. Ou seja, não existe uma verdadeira controvérsia científica em torno dos transgênicos, pois os seus defensores se recusam a discutir seriamente os seus prováveis impactos e desqualificam sistematicamente os cientistas críticos. Basta consultar as atas da CTNBio para constatar como não há tal debate científico, em que pese os protestos de um pequeno número de cientistas e representantes de movimentos sociais que adotam uma atitude de precaução", assevera.
Relação de alimentos com OGM
De acordo com a doutora em Alimentos e Nutrição e membro da CTNBio, Suzi Barletto Cavalli, ainda não há pesquisa científica na nutrição que traga informações detalhadas, como a descrição de quais são os elementos transgênicos que certo alimento possui, porque possui e quais são as alterações provocadas, além dos benefícios e malefícios dessas alterações, tanto no que diz respeito ao mundo dos produtores de alimento quanto dos consumidores.
As alterações mais comuns dizem respeito à implantação de fragmentos DNA de bactérias, vírus ou fungos no DNA da planta, codificando a produção de herbicidas. Assim, as plantas que receberam esses genes produzem toxinas contra as pragas da lavoura, não necessitando de certos agrotóxicos.
Há também produtos que são modificados para se obter maior valor nutricional, como o arroz dourado da Suíça, muito rico em betacaroteno, substância precursora da vitamina A.
Alguns vegetais são modificados para resistirem ao ataque de vírus e fungos, como a batata, o mamão, o feijão e banana. Outros são modificados para que a produção seja aumentada e os vegetais sejam de maior tamanho. E existem também alimentos que têm o seu amadurecimento prolongado, resistindo por muito mais tempo após a colheita.

O lado 'humano' dos animais


O fotógrafo americano Brad Wilson resolveu retratar animais selvagens de um jeito diferente. Em um estúdio, Wilson  capturou fotos com grande nível de detalhes; o nível de realismo foi tão grande que acabaram revelando um lado "humano" dos animais. Para fazer as fotos, Wilson não teve que se expor a nenhum perigo, já que todos os bichos estavam acompanhados de seus cuidadores.
O trabalho faz parte da mostra "Affinity" (na tradução, "Afinidade") que está exposta na galeria Doinel, em Londres, até dezembro, quando as fotos seguem para Paris. (Fotos: Reprodução/ Brad Wilson)
Elefante

Raposa do Ártico
Girafa

Chimpanzé

Leão

Orangotango

Guepardo

Canguru

Jacaré

Coruja ocidental

sábado, 13 de outubro de 2012

Crianças abandonam tratamento contra obesidade pela metade

Fatores de risco aumentaram em um terço delas.
Um levantamento com pacientes do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia indicou que 40% das crianças obesas abandonaram o tratamento na metade. Para o diretor de Nutrição do instituto, Daniel Magnoni, o resultado indica as dificuldades de manter esses pacientes na rotina do tratamento.
— Manter o adulto já é muito difícil, porque nós temos envolvimento social, cultural, profissional. Na criança, não tem o profissional, mas é difícil fazer uma dieta adequada no dia a dia, com a merenda escolar completamente fora de controle e a possibilidade do fast foodA pesquisa avaliou 51 crianças e adolescentes que estavam em tratamento no instituto.
Estudo liga bisfenol a obesidade em crianças nos EUA
Sobrepeso e obesidade predispõem a doenças cardíacas
Entre as crianças que abandonaram o tratamento, os fatores de risco relacionados à obesidade aumentaram em um terço delas.
— Abandonar o tratamento pressupõe um risco muito grande de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, acidente vascular cerebral.
Para combater o aumento da taxa de obesidade verificada nos últimos anos, Magnoni defende a inclusão da educação nutricional no currículo escolar. A Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2009 (POF) indica que, na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros têm excesso de peso. Em 1970, o índice era 3,7%. Segundo o especialista, o aumento está relacionado às mudanças de hábito ocorridas ao longo dos anos.
— As crianças de hoje são muito presas em casa, não andam de bicicleta, nem jogam futebol. Temos também um aumento do consumo de alimentos muito calóricos, a facilidade do acesso a alimentos industrializados.
Maus hábitos dentro de casa ajudam a reforçar o problema, ressalta Magnoni.
—Grande parte das crianças é filho e neto de pacientes com doenças cardiovasculares, obesidade e hipertensão. Isso mostra a necessidade de você atuar combatendo a obesidade das crianças. “A criança é o melhor professor dos seus pais no estilo de vida saudável”, reforçando a importância da educação nutricional nas escolas.

Curiosity encontra em Marte rocha similar às da Terra

Pirâmide de Marte
A primeira rocha que o robô Curiosity analisou em Marte trouxe surpresas. A rocha em formato de pirâmide foi encontrada há cerca de três semanas, e logo ficou conhecida como a "pirâmide de Marte". Os cientistas resolveram dar uma olhada nela mais atraídos pelo seu aspecto curioso do que por qualquer interesse científico que ela pudesse revelar. Mas a análise trouxe surpresas, revelando uma composição muito mais variada do que a indicada pelas missões anteriores a Marte. A rocha, agora batizada de "Jake Matijevic", em homenagem a um engenheiro da NASA, tem uma composição similar à de algumas rochas encontradas no interior da Terra.
Rocha ígnea
Na Terra, rochas com composição similar à pirâmide marciana normalmente vêm de processos no manto do planeta, abaixo da crosta, a partir da cristalização de magma relativamente rico em água, a uma pressão elevada. "Esta rocha tem uma composição química muito parecida com um tipo de rocha ígnea pouco comum, mas bem conhecida, encontrada em muitas áreas vulcânicas na Terra," disse Edward Stolper, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). "Com apenas uma rocha marciana desse tipo é difícil saber se o processo envolvido é o mesmo [que na Terra], mas esse é um ponto de partida razoável para começarmos a pensar em sua origem," disse o pesquisador.
Este gráfico mostra um dos resultados da análise da Câmera Química, que analisou 14 pontos da rocha alvejadas pelo laser do Curiosity. Os sinais são compatíveis com vários tipos de rocha terrestre, como feldspato, olivina e ilmenita (mineral de titânio). [Imagem: NASA/JPL-Caltech/LANL/IRAP]
A Jake Matijevic foi examinada pela Câmera Química (ChemCam) do Curiosity, e tornou-se a primeira a ser analisada pelo instrumento APXS, um espectrômetro de raios X.

Foguete Soyuz decola da Guiana com satélites para sistema Galileu


Um foguete russo Soyuz foi lançado esta sexta-feira do Centro Espacial da Guiana Francesa (CSG) com dois satélites para o sistema de navegação europeu Galileu, que aspira a competir com o GPS americano, constatou um jornalista da AFP.
Esta terceira missão de um foguete Soyuz lançado da Guiana francesa durará 3 horas e 45 minutos. Permitirá colocar em uma órbita circular, a 23.222 km de altitude, dois satélites da família Galileu, "batizados" David e Sif, que se somarão aos outros dois satélites que já estão em órbita há um ano, Thijs e Natalia. Eles têm uma vida útil de 12 anos.
David e Sif formarão, junto com outros dois satélites, uma "mini constelação" que permitirá testar o sistema e demonstrar que consegue cumprir sua missão. Quando os quatro satélites estiverem visíveis de um mesmo ponto, poderão ser realizados testes completos no sistema.
A constelação Galileu contará no futuro com 30 satélites no total. O sistema estará em funcionamento em meados desta década.

Estudo comprova relação direta entre obesidade e fraco desempenho sexual


Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O aumento vertiginoso do consumo de medicamentos para a disfunção erétil está diretamente ligado ao aumento da obesidade no mundo. O excesso de peso reduz a libido e prejudica diretamente o desempenho sexual.
No Brasil, pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), envolvendo cinco mil homens, mostra que 51% dos brasileiros estão acima ou muito acima do peso e que 37% deles admitem o uso de remédio para ereção. No Rio de Janeiro este percentual chega a 60%.
Na avaliação do coordenador do Grupo Longevidade Saudável no Rio de Janeiro, o geriatra e endocrinologista, Jorge Jamili, não há dúvida de que o aumento de casos de disfunção erétil está relacionado ao aumento da obesidade entre os brasileiros.
Em entrevista à Agência Brasil, o endocrinologista explicou que as alterações hormonais provocadas pela obesidade comprometem o equilíbrio do corpo humano. Levam a desajustes fisiológicos que podem afetar todos os órgãos e sistemas e, em consequência, a saúde e a qualidade de vida.
'O tecido adiposo hipertrofiado dos obesos produz uma excessiva quantidade da substância conhecida como leptina, que tem por finalidade sinalizar ao cérebro a saciedade produzida pelo alimento.
Esta substância também estimula os hormônios sexuais na glândula hipófise, FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante), responsáveis por comandar as células dos testículos para produzirem espermatozoides e testosterona, respectivamente'.
Segundo ele, a leptina exerce 'ação direta sobre as células de leydig, localizadas nos testículos, onde produzem a testosterona, e as células sertoly, responsáveis pela produção de espermatozoides'.
Jamili explica que quando uma pessoa engorda ocorre o desequilíbrio do hormônio insulina e do seu contra-regulador glucagon, o que faz com que a produção de insulina seja cada vez maior em decorrência da resistência que o corpo desenvolve a esse hormônio.
'Os efeitos são devastadores e podem levar, caso fora de controle, ao aumento da obesidade. Causam processos inflamatórios, além de servir como a base da síndrome metabólica, que é, de longe, a maior causa de mortes no mundo atual'.
Para melhorar os níveis hormonais, o especialista diz que a saída não é repor a testosterona, sobretudo em homens mais jovens, e muito menos utilizar medicamentos para disfunção erétil.
'O que devemos fazer é evitar ou reverter a resistência leptínica, ou seja, emagrecer, para que os receptores de insulina respondam ao seu comando', recomenda.
Jamili diz que é preciso ter consciência de que, do ponto de vista do interesse do homem pela mulher, é preciso separar a questão relativa ao desempenho sexual decorrente da presença satisfatória da libido e da ereção propriamente dita.
'No caso do obeso, sob os dois pontos de vista, o desempenho sexual fica comprometido: Tanto o desejo sexual como o desempenho mesmo - este diretamente ligado à ereção'.
E é, segundo ele, neste ponto que reside o problema: 'A utilização de medicamentos como o Viagra e similares promove a ereção, mas não melhora a libido.
O ideal é procurar fazer a correção hormonal, eliminando o desequilíbrio, o que levará à melhora dos dois aspectos: tanto da ereção como da líbido - uma vez que a obesidade compromete diretamente os eixos hormonais, sobretudo a testosterona que é o hormônio masculino'.
Jamili relata que os adipócitos hipertrofiados do obeso produzem maior quantidade da enzima aromatase, que é responsável pela conversão de testosterona em estradiol (hormônio feminino).
A pouca testosterona produzida, devido à inibição da resistência leptínica, é convertida em hormônio feminino. 'Se a pouca testosterona tem um efeito devastador no corpo e mente do homem, o excesso de hormônio feminino agrava muito mais o quadro clínico', enfatiza.
O endocrinologista chama a atenção para o fato de que a queda da testosterona produz efeitos devastadores não apenas no interesse e desempenho sexual, mas também na saúde e qualidade de vida dos homens.
'A testosterona é o hormônio que impulsiona o homem a concretizar suas metas. Sua redução no organismo está relacionada com depressão, queda do desempenho físico, falta de foco mental, diminuição do entusiasmo, sarcopenia (perda de massa magra), queda da resistência a doenças e de entusiasmo pela vida. Na realidade, ocorre aceleração do envelhecimento do corpo, da mente e da alma', alerta.
Ele dá ênfase ao entendimento de que a obesidade é considerada 'uma pandemia que afeta e mata indistintamente pobres e ricos, desencadeando uma série de outras doenças crônicas e generativas'.
Jorge Jamili defende a necessidade de se quebrar a lógica perversa decorrente da conjunção entre a má alimentação e o sedentarismo cada vez maior, decorrente do processo de industrialização crescente no mundo.
Para ele, isto será possível a partir de um equilíbrio alimentar conjugado com a prática crescente de atividades físicas. 'E este é um problema que afeta as pessoas cada vez mais cedo, em idade cada vez menores. Nunca a medicina verificou crianças com histórico de colesterol alto e com diabete. É um fenômeno atual e que não vem obtendo da mídia (que, na sua opinião, deveria fazer campanhas de esclarecimentos sobre o problema) a atenção que merece e que deveria ter'.
Edição Beto Coura
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Estudo detecta sons mais insuportáveis para ouvido humano


Pesquisadores da universidade de Newcastle mapearam os sons considerados os mais desagradáveis para o ouvido humano, segundo um estudo feito com voluntários submetidos a 74 sons diferentes.
Eles descobriram que o som de uma faca arranhando uma garrafa de vidro é considerado o mais insuportável de todos.
Os pesquisadores tocaram 74 gravações de barulhos e mediram como eles alteravam a atividade cerebral, usando um aparelho de ressonância magnética.
Os resultados revelaram que sons desagradáveis provocaram uma reação mais intensa no cérebro.
O ruído de água escorrendo, algo aprazível aos ouvidos, é processado no córtex auditivo, mas quando o som causa desconforto ele ativa a amídala cerebral, uma região no centro do cérebro que processa emoções.
O segundo som registrado como mais insuportável também vem do atrito do metal com o vidro: um garfo raspando um copo.
Em terceiro lugar, ficou o de um giz arranhando um quadro negro, seguido por uma régua em atrito com uma garrafa e, por fim, unhas em um quadro negro (Teste a sua resistência e escute os piores sons abaixo).
Outra descoberta da pesquisa é que sons na frequência de 2.000 a 5.000 Hz são os mais desconfortáveis, mas ainda não está claro porque eles afetam mais o ouvido humano.
O estudo foi coordenado por Sukhbinder Kumar, que usou 13 voluntários durante os testes e publicou os resultados no Journal of Neuroscience.
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Missão da Nasa encontra 'rocha incomum' em Marte


A expectativa era de que os primeiros sedimentos a serem coletados pelo robô Curiosity, da atual missão da Nasa em Marte, fossem apenas rochas de um material comum como o basalto, mas uma análise recente revelou dados intrigantes. O objeto piramidal, que recebeu o apelido de 'Jake Matijevic', um engenheiro de uma missão recente da agência espacial americana ao planeta vermelho, apresenta uma composição ainda inédita na pesquisa sobre Marte.
As análises iniciais mostram que o objeto teria elementos de algumas rochas raras, mas bem conhecidas na Terra. Edward Stolper, um dos chefes da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), diz que essas rochas se formam a partir de formações de magma ricas em água que se resfriaram sob altas pressões.
'[A rocha é] amplamente conhecida na Terra, em ilhas oceânicas como o Havaí e Santa Helena e nos Açores, e também em áreas rochosas do Rio Grande e por aí vai. Então, novamente, não é comum, mas é muito conhecida', acrescentou.
O jipe-robô Curiosity examinou a rocha pela primeira vez três semanas atrás. Na ocasião, não se acreditava que o sedimento tivesse alto valor científico.

Análises
O fato de o Curiosity poder examinar in loco os materiais coletados com seus próprios instrumentos é o principal diferencial desta missão. Até então, equipamentos anteriores enviados pela Nasa à Marte podiam coletar objetos, mas não analisá-los com esta precisão.
Os cientistas identificaram que a rocha é rica em elementos como sódio e potássio e pobre em magnésio e ferro, o que a colocam em grau de comparação com o feldspato, uma rocha que não contém minérios. O robô da Nasa chegou à superfície do planeta vermelho ainda em agosto e, desde então, já andou 500 metros. O objetivo da missão é determinar se Marte já teve condições de abrigar a vida em algum momento desde sua formação.
Nas poucas semanas em que começou a colher materiais, o Curiosity já identificou uma série de rochas que foram claramente depositadas em água corrente. A teoria é que o jipe está localizado na nascente de um antigo local de grandes depósitos de sedimentos, conhecido como cone aluvial, onde uma rede de pequenos rios cruzava a superfície bilhões de anos atrás.
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Tubarão touro tem a mordida mais forte entre os tubarões, diz estudo


Um estudo de cientistas de uma universidade da Flórida, nos Estados Unidos, concluiu que o tubarão touro (também conhecido como tubarão-de-cabeça-chata) tem a mordida mais forte entre as espécies de tubarão.
A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade do Sul da Flórida em Tampa e por pesquisadores nos Estados Unidos e na Alemanha.
A conclusão foi que, em relação ao tamanho do corpo, os tubarões touro (Carcharhinus leucas) têm a mordida mais forte (cerca de 6.000 newtons de força), superando inclusive tubarões maiores.
Esta espécie tem, em média, mais mais de dois metros de comprimento, mas, em alguns casos, pode ultrapassar os três metros.
Maria Habegger, bióloga da Universidade do Sul da Flórida, examinou a força da mordida de 13 espécies de tubarões e de outros peixes parecidos.
'Tubarões touro mordem com mais força do que um grande tubarão branco e um tubarão-martelo', afirmou a bióloga.
Os detalhes da pesquisa foram publicados na revista especializada Zoology.
Tamanho x Força
Pesquisas anteriores mostravam que tubarões grandes tinham mordidas fortes.
'Esperamos mordidas fortes em tubarões maiores, que ocupam o topo da cadeia alimentar, por exemplo, o tubarão-martelo, o grande tubarão branco', disse Habegger à BBC.
'Estas espécies geralmente atacam presas grandes como golfinhos, tartarugas e outros tubarões, então são esperadas mordidas fortes devido às exigências mecânicas para este tipo de presa.'
No entanto, a pesquisa também mostrou que espécies menores, como a quimera (Hydrolagus colliei), um parente pequeno do tubarão, tem muita força na mordida, talvez pelo fato de se alimentar de moluscos e caranguejos.
'Então, às vezes, o tamanho é enganador. Apesar de tubarões maiores terem valores mais altos de força de mordida, o valor relativo de força de mordida é o que importa', afirmou.
Os cientistas dissecaram as espécies estudadas e analisaram os músculos das mandíbulas para descobrir a força deles, quando a mandíbula é fechada.
Foram usadas ainda técnicas matemáticas para remover o efeito do tamanho do corpo na mordida e, assim, fazer uma comparação mais justa entre as espécies.
Com esta metodologia, o resultado foi que os tubarões touro tem o maior valor de força de mordida entre todos os estudados.
Mistério
Os pesquisadores ainda não descobriram a razão exata desta espécie ter uma mordida tão forte.
'Pelo que sabemos, não há necessidade de valores (de força de mordida) tão altos para romper pele de peixe ou mesmo para quebrar um osso', disse a bióloga.
Uma das causas pode ser o fato dos tubarões touro habitarem águas turvas.
'Em um ambiente com pouca visibilidade, capturar a presa pode ser mais difícil do que em mar aberto. Então, quando você captura uma presa entre as mandíbulas, segurá-la é crucial para não perder a refeição', especula Habegger.
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