Aquela “farmacinha” básica que a maioria de nós tem em casa, com xaropes, remédios para dor de cabeça e dor muscular, costuma ser providencial em várias situações. O problema é quando os medicamentos desse estoque perdem a validade. Até os remédios, quando descartados de forma incorreta (ou seja, diretamente no lixo doméstico, nos vasos sanitários ou nas pias de casa), prejudicam solo, água, fauna, flora e a própria saúde humana, já que têm em sua formulação substâncias de difícil decomposição, que podem contaminar recursos hídricos e alterar o desenvolvimento de plantas e animais.
Segundo artigo da Revista Ciências do Ambiente On-Line, da Unicamp, análises feitas em todo o mundo detectaram presença de restos de antibióticos, anestésicos, hormônios e antiinflamatórios em esgoto doméstico, águas superficiais e subsolos. No Brasil, são aproximadamente 170 milhões de unidades de medicamentos ou produtos farmacêuticosvendidos por mês no setor varejista, segundo dados da Anvisa. Muitas das embalagens não são nem abertas.
Em São Paulo, o Pão de Açúcar e a Eurofarma lançaram o programa Descarte Correto de Medicamentos. O material recolhido é encaminhado para o Departamento de Limpeza Urbana. Se na sua cidade ainda não há sistema de coleta, ao comprar um medicamento, procure observar com atenção a validade. Assim você diminui as chances de que ele estrague e vá para o lixo do jeito errado.
E cobre as autoridades: está em tramitação no Congresso desde 2009 um projeto de Lei que obriga indústrias farmacêuticas e empresas de distribuição de medicamentos a destinar corretamente medicamentos com prazos de validade vencidos. Mais do que importante, é essencial.
Fonte: SuperInteressante
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